bate papo

Top 5 2020

29 dez 2020
top 5 2020

Então, última semana do ano é um bom momento pra fazer aquela recapitulação de como foram as leituras de 2020.

Diferente do ano passado, eu não tive um livro preferido, mas tive boas experiências que dá para dizer que foram as topzera.

Como em 2019, eu dividi esse post em 3 partes: com os 5 melhores do ano, menções honrosas e as decepções. Continuando no processo de fazer um apanhado mais geral e não necessariamente dividindo em posts individuais.

2020 não foi um ano que consegui cumprir a minha meta de 60 livros. Bate aquela decepção pessoal, mas estamos falando de 2020! O ano da pandemia, da quarentena, da tensão/ansiedade/angústia e da perda. A pior perda que já sofri até hoje na minha vida.

Então, conseguir ler 46 livros é sim uma conquista! E eu quero dividir com você o que foi ótimo, o que foi bom, e o que eu podia ter deixado passar. 😁

Vamos lá?

Melhores do ano

  • batismo de fogo - andrzej sapkowski
  • vow of thieves - mary e. pearson
  • minha sombria vanessa - kate elizabeth russell

2020 foi o ano que eu mergulhei de cabeça nos livros do The Witcher. Depois de finalmente me interessar pela saga de Andrzej Sapkowski por conta da série da Netflix, foi meio difícil de parar de ler os livros.

Definitivamente A Saga do Bruxo Geralt de Rívia entrou pro meu top algum número de série favorita de fantasia. Não só pelos personagens mas também pela estética da narrativa do autor. Sapkowski quase faz experimentações de como contar a história de Geralt com estilos diferentes, e isso torna a experiência ainda mais divertida.

Então, pra 2020 eu estou considerando todos os livros que li da saga como “um só” dentro da contagem do top5. Estou roubando? Provavelmente sim, mas afinal… o top é meu. 🤭

Cumpri minha dívida de terminar a duologia da Dinastia de Ladrões da Mary E. Pearson lendo Vow of Thieves! A autora continua sendo uma das minhas descobertas mais amadas, e eu espero que ela continue publicando livros de fantasia. Mesmo que não seja dentro do universo dos “remnants“, eu ficaria muito feliz em sempre ter alguma coisa dela pra ler.

Talvez valha considerar uma releitura da trilogia inicial só pra reviver o amorzinho que foi acompanhar os personagens e a jornada.

Saindo um pouco da minha zona de conforto da fantasia e indo pra um mundo mais cruel e cru: o nosso. Às vezes eu escolho umas leituras que me surpreendem de um jeito que assusta. Minha Sombria Vanessa foi uma dessas.

Não é um livro fácil ou leve de acompanhar. Pelo contrário. É daqueles que você se sente incomodado com a capacidade de mostrar a realidade. Ele machuca, ele enoja, ele revolta. E ele é muito importante em mostrar como não protegemos nossos adolescentes, como culpamos as vítimas, e como ainda somos uma sociedade extremamente cruel.


  • território lovecraft - matt ruff
  • cidade de bronze - s.a. chakraborty

Outro livro que decidi ler porque ia ter série foi Território Lovecraft. Cheguei no livro achando que ia “dar ruim” porque era um homem branco escrevendo uma história de uma família negra. Mas eu estava no meu pedestal de “preconceito literário”, e Matt Ruff conseguiu me dar um tapa na cara e me mostrar como eu estava errada.

O livro tem um estilo episódico de narrativa, com cada capítulo com um personagem como protagonista, dando voz e espaço para que todos tenham sua evolução e importância dentro da história.

Recomendo muito ver a série da HBO também. Ela toma decisões de desenvolvimento muito diferentes pra alguns personagens, mas ainda assim, é uma história que vale muito ser acompanhada.

E o último livro do ano (porque não sei se vou conseguir terminar mais algum) também foi um dos meus favoritos! Eu tinha me comprometido a ler Cidade de Bronze em algum post aleatório de promessas e taí, cumpri e tive uma das melhores experiências narrativas do ano! Ainda não publiquei a resenha, mas logo mais vai ter minha opinião aqui no blog pra você ler.

Ainda bem que eu já tenho o segundo livro pra poder pegar o quanto antes! Só espero que a Morro Branco esteja já com o terceiro livro em processo de tradução e que lance em algum momento de 2021!


Menções honrosas

Aqui entram livros que obviamente eu não fiz resenha, porque eu não cuido direito do meu próprio conteúdo, mas que foram leituras muito boas e precisavam ser mencionadas.

  • as outras pessoas - c.j. tudor
  • a noiva fantasma - yangsze choo
  • entre gravetos e ossos - seanan mcguire

As Outras Pessoas foi um dos últimos livros da Intrínseca que li esse ano e meio que formalizou meu agrado com a C.J. Tudor. Ela consegue contar histórias de thriller e mistério, misturadas com elementos sobrenaturais e levemente assustadores, de uma forma que eu acho extremamente satisfatório.

Não sei se em algum momento ela vai se tornar formuláica e previsível, mas ler os três livros já lançados foram experiências muito diferentes mas igualmente inesquecíveis. Em breve resenha por aqui.

Eu não costumo sair muito do universo eurocêntrico americano quando pego livros pra ler. Então, ler um livro que se passa na Malásia foi uma experiência completamente inesperada. A fantasia de A Noiva Fantasma, totalmente intrincada e baseada em lendas asiáticas foi um frescor em um universo de elfos/fadas/anões (não desmerecendo nada disso) e me mostrou que existe muita coisa boa se eu quiser sair do meu mundinho e zona de conforto/preguiça.

Fora que é um projeto gráfico da Darkside, isso por si só já é um motivo suficiente pra dar uma oportunidade pra leitura.

Entre Gravetos e Ossos é o segundo livro da série Crianças Desajustadas da Seanan McGuire. É mais um dos livros que eu não fiz resenha because of reasons e me arrependo profundamente. Pelo tamanho, os dois estão mais pra novella no esquema americano de quantidade de palavras/páginas, então talvez valha um investimento em releitura só pros livros da Morro Branco serem oficialmente valorizados aqui no blog.

Depois de apresentar os personagens no primeiro livro, McGuire conta a história das gêmeas Jack e Jill antes de serem “expulsas” dos Pântanos (ou era Charnecas…?) e voltarem para o mundo real.


Decepções de 2019

E porque a gente não necessariamente consegue passar sem decepções, sim, tive alguns livros que não foram lá essas maravilhas. Acho que a maior delas foi com um romance de época, que era um gênero que eu estava curtindo como aquele pequeno espaço de conforto e diversão.

  • o duque e eu - julia quinn
  • o silêncio da cidade branca - Eva García Sáenz de Urturi
  • sol da meia noite - stephanie meyer

Eu descobri os romances de época há alguns anos quando tinha parceria com a Arqueiro e, desde então, não parei mais de ler alguma coisa do gênero.

Uma das minhas falhas era não ter lido a série dOs Bridgertons completa ainda. Eu tinha lido alguns dos trocentos livros, mas não em ordem, então peguei o primeiro lançado, O Duque e Eu. E meldelz, por que esse livro ainda existe?! Ou porque não passou por alguma revisão da autora?! E por que ele tem mais de 4 estrelas no Goodreads?!

Lançado originalmente há 20 anos a história não envelheceu bem e não dá pra passar pano pras coisas que acontecem. É um romance tóxico, quiçá abusivo, estruturado em desinformação e aproveitamento disso, além de ter sexo não consensual, e quem força a situação aqui é a protagonista!

Sério. Sempre que eu me lembro de partes da história eu só me choco e revolto mais uma vez. Acho que por isso que vou na contramão e não vou ver a série da Netflix.

Esse foi um ano de ler thrillers. Segundo o meu controle “datamining” de leituras, foi o segundo gênero que eu mais li em 2020. Mas O silêncio da cidade branca não deu certo. O protagonista era insuportável, o mistério que deveria ser um dos pilares era colocado em segundo ou terceiro plano em diversos momentos, e os coadjuvantes também não conseguiam dar qualquer tipo de vida pra história. Uma tristeza.

E por último… Destruindo diversas paixões adolescentes, Sol da Meia Noite, o livro de Crepúsculo que não foi lançado há 15 anos, e que nunca deveria ter visto a luz do dia no “mundo” atual.

Provavelmente, o livro de Stephanie Meyer faria sentido se fosse lançado no mesmo período em que os outros quatro, em um momento em que muitas coisas não eram questionadas como hoje em dia.

Lançado agora, ele ficou deslocado no tempo, romantizando e normatizando um relacionamento que já não era lá muito saudável há 15 anos atrás, e que não faz mais sentido nenhum ser publicado da forma como foi.


E esse foi um pequeno retrato do que eu mais gostei de ler nesse ano que termina. <3

Me conta quais foram os melhores, e piores, livros do seu 2020? 😉

Até a próxima! o/

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1 comentário

  • Responder Izandra 30 dez 2020 at 09:46

    A saga do Witcher também definitivamente está no meu “top” de séries de fantasia, justamente pela forma “diferente” que o autor escreve. É das suas decepções, posso concordar com todas 😅

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