bate papo

Top 5 2023

1 jan 2024
Top 5 2023 - As melhores leituras do ano e talvez algumas decepções

Chegou aquele momento em que todo mundo está revisando as leituras e definindo o que foi bom, e o que foi bomba. Não ficaria de fora porque, afinal, renovei o servidor desse belíssimo espaço e tenho que fazer valer o suado dinheirinho investido.

Não tive um livro favorito de 2023. Na verdade, sempre bate um certa melancolia quando vou olhar minha lista de lidos no Skoob e parece que nada foi MARCAAAANTE, sabe? Mas dá pra dividir algumas leituras que dei 5⭐.

Como em anos anteriores, dividi esse post em três partes: com os melhores do ano, menções honrosas e as decepções. A ideia é continuar no processo de fazer um apanhado mais geral e não necessariamente dividir em posts individuais.

Esse ano não bati a meta de 52 livros lidos. NINGUÉM se importa além de mim, e a verdade é que não deveria importar. Afinal, isso não é uma competição…

Com isso, vem comigo que eu quero dividir com você o que foi ótimo, o que foi bom, e o que eu podia ter deixado passar. 😁 Lembrando que a ordem que os livros são mostrados aqui não tem a ver com preferência, ok?

Vamos lá?

Melhores do ano

  • homens e monstros - patrick ness
  • império de ouro - s.a. chakraborty
  • nocoração da bruza - genevieve gornichec

Terminando a trilogia Mundo em Caos, Homens e Monstros foi um daqueles livros que me deixou tensa e ansiosa, e que me fez sofrer pelos personagens. Patrick Ness sabe como construir aquele medo e urgência que muitos não conseguem nem arranhar. Valeu DEMAIS acompanhar a história de Todd e Viola.

Outra série que terminei (até a Morro Branco lançar o livro de contos) foi Daevabad. Império de Ouro, além de ser um livro lindo, foi mais uma pérola de construção de personagens, de universo e sistema de magia. Essa é uma série que dá vontade de esquecer pra ler de novo e ter a experiência saborosa de conhecer tudo do começo mais uma vez.

Saindo um pouco da mitologia grega, No coração da bruxa foi buscar na mitologia nórdica e na trágica história de Loki material para um livro lindo e sensível. A história de Angrbogda fala de família, de vingança e de segundas chances. É daqueles livros que tem um gosto agridoce, mas que te deixa feliz por ter acompanhado a jornada.


  • a guerra da papoula - r.f. kuang
  • as terras devastadas - stephen king
  • mago e vidro - stephen king

A guerra da papoula realmente merece o hype que teve. A história de Rin é uma mistura de sentimentos e fiquei feliz que ela, em muitos momentos, foge do “padrão” que algumas séries de protagonistas “fortes” estavam seguindo. Apesar de os personagens serem jovens, não consigo considerar que o livro é YA por conta da violência, de assuntos que são abordados e, às vezes, pela forma como são abordados. Estou muito ansiosa para continuar a leitura da sére em 2024.

E sim, eu roubei e coloquei seis livros. Li mais dois volumes da série A Torre Negra e foram tão bons que não tinha como escolher só um deles para colocar aqui. Em As Terras Devastadas o grupo de Roland continua sua jornada em busca da Torre Negra. O desenvolvimento dos personagens pra mim é um dos pontos mais fortes da história e fico realmente preocupada se Stephen King vai brincar com meu coração por conta disso. Altos traumas por conta de A Guerra dos Tronos.

Já em Mago e Vidro, o livro é praticamente todo para contar o passado de Roland até ele se tornar o pistoleiro que acompanhamos até agora. Aqui o mais impressionante é que o livro consegue ser longuíssimo, e ainda assim, eu não consegui ficar cansada da história ou dos personagens. Não pareceu ter barriga ou momentos lentos. A história seguiu no ritmo que a história precisava para ser contada.


Menções honrosas

Sim, eu disse no começo deste post que me sinto melancólica ao fazer “retrospectivas”, mas acabo percebendo que tive boas leituras. Aí, como o blog é meu, obviamente vou roubar e fazer algumas menções honrosas.

  • deuses renascidos - sylvain neuvel
  • vilão - v.e. schwab
  • foundryside - robert jackson bennet

Fechei uma série de scifi que não vejo praticamente ninguém falando sobre. Arquivos Têmis foi uma surpresa porque são livros muito ágeis de ler. Uma mistura de primeiro contato, invasão extraterrestre e Evangelion, foi bem difícil de parar de ler. O que mais me envolveu também foi o estilo da narrativa. Sylvain Neuvel conta a história como se fossem registros de entrevistas com os personagens, então você não tem um narrador onipresente descrevendo o que está acontecendo, mas sim o ponto de vista e os diálogos (às vezes bem frenéticos) dos protagonistas.

Por conta disso, a história é tensa em alguns momentos, mas também tem bastante da personalidade de cada personagem tomando conta da narrativa. Gostei demais. Foi muito mais interessante como scifi do que o dificílimo O Problema dos Três Corpos, do Cixin Liu. Esse eu vou deixar pra ver a série da Netflix.

V.E. Schwab é uma autora que eu praticamente só colecionava os livros. Comprei quase todos os que foram lançados por aqui mas, até pouco tempo, ainda não tinha lido nenhum deles. Ao invés de começar pela Addie LaRue, porque eu não estava muito no clima pra “drama”, peguei Vilão. É uma narrativa bastante frenética, porque você acompanha a historia em dois momentos do tempo. Então existe uma alternância entre o “agora” e o “passado” ao longo dos capítulos. Eu gostei bastante do estilo da Schwab e pretendo continuar pegando os livros dela que já estão na estante.

Na minha eterna busca por novas fantasias, em 2023 peguei Foundryside pra ler e foi bem divertido. Diferente de high fantasy com histórias épicas, o livro de Robert Jackson Bennet é quase “intimista” quando foca basicamente em uma missão de invasão/infiltração e assalto. É muito interessante acompanhar a construção do grupo, entender o papel de cada um, e o desenrolar de toda a ação. Mas, além disso, existe bastante crítica social sobre o papel de ricos e pobres, a exploração do “capitalismo” desse universo, o peso da guerra pras pessoas que retornam e sobre a ganância humana. Fiquei interessada em continuar a leitura e tenho que ir atrás dos dois volumes que a Morro Branco já lançou

Minha última menção honrosa vai pra Storm Front. Eu sempre sinto vontade de ler urban fantasy, mas acabo despriorizando na hora de escolher minhas leituras. Esse ano tive alguns bloqueios, dificuldade de engatar alguns livros, e numa dessas acabei pegando o primeiro livro de The Dresden Files e foi muito divertido! É aquela premissa “básica” de diversos urban fantasy: um detetive particular em um universo contemporâneo, mas com seres fantásticos e magia. Dresden, o protagonista, é bem o que se espera: sarcástico, ácido, com leves toques de mau humor, mas a história é super envolvente e alucinante.

O único problema é que, até agora, já foram lançados 17 livros, com previsão de mais dois à caminho… 😅


Decepções de 2021

E porque a gente não necessariamente consegue passar sem decepções, sim, alguns livros não foram lá essas maravilhas. Terminei os três que estão aqui, mas alguns foi quase na força do ódio. Algumas vezes eu ainda tenho aquela (vã) esperança de que o livro vai melhorar até o final, e esqueço que não sou obrigada. 🤷‍♀️

  • codinome villanelle - luke jennings
  • circe - madeline miller
  • lore - alexandra bracken

Codinome Villanelle foi o livro que serviu de base para a série Killing Eve. Nunca vi a série, mas meu irmão comentou certa vez que era muito boa e, ao invés de ver a série, fui atrás do livro. Eu simplesmente não consigo lembrar de NADA do que eu li, eu só tenho aquela sensação vívida de ter sido terrível, uma perda de tempo e aquela pergunta que fica “por que eu fiz isso comigo?”. A história foi tão qualquer coisa que meu cérebro não achou que valia a pena gastar neurônios pra me ajudar a lembrar depois. Tá certo ele.

Meu amor pela mitologia grega me fez ir atrás de dois livros de releitura e “atualização” do tema. Circe é da mesma autora de A Canção de Aquiles, Madelline Miller. Aqui, a autora reconta a história de Circe, uma das personagens citada na Odisseia de Ulisses, tentando dar mais profundidade, humanidade e protagonismo pra essa bruxa mitológica. E eu assumo que provavelmente, a culpa é toda minha por não ter conseguido me conectar com a história.

Eu tenho muita dificuldade de me concentrar e de curtir uma leitura quando ela tem ares de ficção literária. Sabe aqueles livros que são “mais difíceis” e mais “rebuscados” por uma questão de estilo? Pois é. Foi exatamente isso que Circe pareceu pra mim. Não me conectei com a personagem, não me importei com sua história, e no fim pareceu que o livro era uma sequência de palavras bonitas e conceitos feministas mas sem profundidade que conseguisse me envolver.

Lore é outro que eu não lembro direito, porque o livro parecia uma barriga gigante. O livro inteiro! Fora a angústia adolescente, que definitivamente não funciona mais pra mim. Eu não sei se entendi direito todo o drama da luta entre as casas dos deuses. Só lembro da preguiça que eu sentia em continuar lendo, esperando que fosse existir alguma aparição mitológica interessante, ou que eu conseguisse entender porquê dos deuses estarem brigando através de avatares humanos.


E esse foi um pequeno retrato do que eu mais gostei de ler (ou não) em 2023. ❤

Me conta quais foram seus melhores, e piores, livros? 😉

Até a próxima! o/

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