bate papo

Melhores (e decepções?) de 2022

3 fev 2023

Tudo bem que janeiro já acabou. Ainda assim, vou considerar que dá tempo de trazer minha contribuição (que ninguém perguntou) sobre os melhores livros que li em 2022.

Esse é um momento engraçado porque eu nunca lembro direito o geralzão das leituras, e preciso recorrer ao Skoob e Goodreads pra relembrar o que foi que me marcou (ou não). Então sempre tem aquele reencontro “virtual” com os livros e com o sentimento que eles deixaram pra trás.

2022 foi de boas leituras no geral. Li 62 livros e tive uma boa participação de livros de não-ficção por conta do clube do livro da indústia vital. Mas sempre tem aqueles que ficam mais tempo com a gente. De todos, 8 foram mais memoráveis. Só que também teve espaço para as decepções…

Pra começar preciso avisar que não existe ordem de preferência aqui; só fui no Skoob, vi o que tinha lido e trouxe pra cá. Praticamente nenhum tem resenha porque 2022 não foi um ano produtivo. Mas eu posso sim dizer qual desses foi o meu preferido e a maior bomba. Vamos?

Os melhores

  • a ilha do medo - dennis lehane
  • viúva de ferro - xiran jay zhao
  • reino de cobre - s.a. chakraborty

Sempre tive curiosidade de ver o filme homônimo com Leonardo di Caprio, mas sei lá; acho que ficava preocupada de ser muito denso ou pesado. Tem algumas coisas que quando são transportadas pra mídia visual ganham um peso que nossa imaginação nem sempre alcança. De qualquer forma, A ilha do medo foi MUITO BOM. Uma das primeiras leituras do ano e uma deliciosa surpresa, um thriller contado por um narrador que a gente não sabe se pode ou não confiar, e cheio de reviravoltas. Recomendo fortemente!

Viúva de Ferro teve muito mais a ver com o hype e com a capa. Essa arte é linda demais pra ser ignorada. É daquelas que a gente compra o livro pra ter na estante, mesmo que a história seja meio méh. O que não é o caso. Me diverti bastante com uma das personagens mas terríveis do ano. Zetian é daquelas que você meio que ama odiar. E Xiran Jay Zhao trouxe pra sua história temas que eu curto: robôs gigantes e uma jovem em busca de vingança. Agora é esperar a Intrínseca trazer a continuação. 🤞

Falar em continuação, peguei o segundo livro da série Daevabad e nossa!, como eu tenho curtido ler a história e o universo que Chakraborty criou. Reino de Cobre conseguiu fugir da maldição do segundo livro com muita movimentação dos personagens e evolução dos relacionamentos entre Nahri, Ali e Dara. As questões políticas do reino também são mais complexas e envolventes. Estou tentando colocar o último livro na minha lista de leitura do mês, mas ele tem 700+ páginas e tá difícil de conciliar por enquanto!

  • o príncipe e a costureira - jen wang
  • flores para algernon - daniel keyes
  • a hipótese do amor - lia hazelwood

Li poucos quadrinhos esse ano mas O Príncipe e a Costureira foi uma das coisas mais fofinhas e que esquentaram o coração. O traço de Jen Wang é delicado, lindo e levemente cartunesco, o que traz leveza pra uma história que tem peso pros personagens e pra gente que acompanha. Sebastian e Frances são personagens adoráveis que vão conquistar um pedacinho do seu coração se você um dia ler essa graphic novel.

Falando em coração… Flores para Algernon é daqueles que pode destroçar o de qualquer um. Uma história sensível sobre a evolução de um homem com baixo índice de inteligência que participa de uma pesquisa para aumentar sua capacidade mental. Seu relacionamento com Algernon, com os cientistas, com a sociedade e consigo mesmo é revoltante, triste, angustiante, mas ainda assim, deixa um tiquinho de esperança na empatia humana. Espere olhos úmidos.

Agora falando do melhor livro do ano, que chegou no finalzinho de dezembro. A hipótese do amor foi um hype que eu cheguei atrasada, porque estava com aquele pé atrás de ser uma “fanfic de Kylo Ren e Rei”. Ainda bem que eu resolvi ler de qualquer forma. O slow burn, o grumpy/sunshine (trope que eu descobri por conta desse livro. Eu provavelmente teria confundido com enemy to lovers), os personagens e os coadjuvantes, a história que se passa num ambiente de pesquisa científica, TUDO ISSO, é muito divertido, bem conduzido e contado pela Ali Hazelwood. Achei que valeu o hype de verdade!

  • elantris - brandon sanderson
  • noturno - guillermo del toro, chuck hogan

2022 foi um ano de releituras. Me senti saudosa e curiosa em pegar Elantris de novo. Como Brandon Sanderson estava em alta, achei que seria legar revisitar o primeiro livro que li do autor. Acho que com a “maturidade” que tenho hoje em dia e uma maior familiaridade com o gênero de fantasia, Elantris me pareceu ainda melhor nessa segunda leitura do que da primeira vez. Talvez seja uma ideia reler Mistborn agora, já que Stormlight deve demorar pra continuar chegando por aqui.

Outra releitura foi Noturno. Não lembro porque comprei o livro, mas provavelmente foi naquela onda de histórias de vampiros que tivemos nos anos de 2010s. Se você gosta de uma pegada mais aterrorizante dos sugadores de sangue, pode ir com segurança que o livro do del Toro provavelmente vai ser um tiro certo. A ideia era relembrar a história pra poder continuar a série; vou tentar fazer isso ao longo de 2023.


As decepções

Hoje em dia estou muito mais tranquila com a ideia de abandonar livros. Ou ao menos devolver pra estante quando alguma coisa não está funcionando direito na leitura. Ainda assim, tem livros que eu vou até o final com aquela esperança… que não se concretiza.

  • piranesi - susanna clarke
  • o céu da meia noite - lily brooks-dalton
  • as horas vermelhas - leni zumas

Eu ainda não tinha lido nada da Susanna Clarke. Tenho Jonathan Strange & Mr. Norrell há MUITO TEMPO, mas nunca parei pra ler. Prioridades, você entende. Quando saiu Piranesi, e foi um frenesi que era um livro novo da Clarke desde… sempre, fiquei pensando que era uma oportunidade pra conhecer a autora. A edição da Morro Branco é bem linda, em capa dura e hotstamping, mas isso não foi o suficiente pra eu conseguir ligar pra história. E se você me perguntar agora qual é a do livro eu simplesmente não consigo me lembrar. Acho até que nem entendi direito o que estava acontecendo. 😅

Outro da Morro Branco que eu me decepcionei foi O céu da meia noite, que foi o livro que baseou o filme com o George Cloney lá da Netflix. Achei arrastado, não me conectei com os personagens, o foco é muito em tentar mostrar como os núcleos estão sendo desenvolvidos do que realmente dar um contexto pro que está acontecendo. Eu queria saber o que tava acontecendo pro “fim da humanidade”! Só que a autora não achou que isso era relevante. Não funcionou pra mim.

Tem mais um que eu não consigo me lembrar direito de nada da história: As horas vermelhas. Eu achei que seria um livro na pegada de distopia feminista mas não tinha nada disso. Ou pelo menos eu não lembro de ter. Só ficou a sensação de frustração com a leitura e aquela dúvida de porquê eu realmente decidi ler esse livro.

  • a segunda fundação - isaac asimov
  • atração magnética - meredith wild
  • a estrada cormac mccarthy

No lance das releituras, peguei Fundação pra reler o primeiro livro e dar continuidade na primeira trilogia. Ano passado vi a série da Apple+ e achei que seria um bom motivo pra tentar Isaac Asimov de novo. Mais uma vez, a maturidade ajudou bastante, e consegui curtir os dois primeiros livros, mas o terceiro não funcionou bem também. Foi mais um dos que eu não consigo lembrar direito o que aconteceu, só que era alguma coisa relacionada a um personagem chamado Molo ou Mulo. A velhice ou a falta de foco realmente tão dando as caras!

Agora, minha pior leitura com certeza foi Atração Magnética. História fraca, personagens insossos e insuportáveis, e ainda é uma série! Que eu comprei inteira e já doei sem nem ter lido os seguintes, de tão ruim que eu achei a experiência! Sabe aqueles romances sensuais que encheram as pratileiras uns tempos atrás? Tem o bad boy bilionário babaca e possessivo. Tem a “mocinha” super independente mas que entra de cabeça num relacionamento mega tóxico com o bad boy… Sério, não consigo mais.

Por último, A estrada tava na minha lista como uma distopia única, pesada e contemplativa, mas foi mais um livro que eu ia passando as páginas e era só isso. Não consegui me conectar com os personagens, não consegui ter apreensão pela situação toda, e fica a sensação que em alguns momentos o autor escreveu situações de choque pelo choque. Talvez o filme com Viggo Mortensen seja mais interessante de ver; vai que gera mais impacto do que a leitura.


E esses foram meus livros pra 2022. Como foram suas leituras no ano passado?

Até a próxima! o/

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