bate papo

Top 5 2018

31 dez 2018

2018 está finalmente acabando então chegou a hora de fazer aquele apanhado, aquela retrospectiti dos livros lidos.

A cada ano que passa eu diminuo o esforço com a montagem desse post… :D O primeiro que fiz separei em vários gêneros, tinha de personagens (aqui e aqui), um baita esforço de escrita.

Mas né. 2018. Foi um ano difícil. Foi um ano ruim. Não de leituras, porque posso não ter atingido minha meta, mas cheguei a pelo menos 55 livros. Eu digo ano ruim mais no fato de não cuidar desse meu pequeno recanto na interwebs.

Tiveram poucos posts, poucas resenhas. Inclusive, nenhuma dos principais livros que aparecem aqui nessa lista. Fiquei com preguiça de fazer promoções, porque os algoritmos do Facebook só servem para que o Zuckeberg roube nossos dados e nosso dinheiro.

Então o Top 5 deste ano meio que reflete minha disposição e certa desilusão com essa coisa toda do blog. Mas tem os livros que mais me marcaram e que eu indicaria para TODO MUNDO a experiência de leitura.

Vamos lá?

Top 5 – Melhores de 2018

  • o conto da aia - margaret atwood
  • a bússola de ouro - philip pullman
  • a quinta estação - n.k jemisin

Então, comecei o ano lendo O Conto da Aia porque tinha a série explodindo cabeças por aí. E eu meio que queria ter primeiro a experiência com o livro. Acabou que eu não fiz resenha, mas enchi as páginas de post its em todas as partes mais marcantes. Merece uma releitura depois que eu conseguir terminar a primeira temporada.

Na última Bienal que eu fui eu recomprei a trilogia Fronteiras do Universo porque a nova edição tava maravilhosa. E meio que do nada, naquelas “vontades” que a gente tem de vez em quando, resolvi reler A Bússola de Ouro.

Continua sendo uma das melhores experiências de leitura que eu já tive em meus 37 anos. <3 Tanto que praticamente emendei com A Faca Sutil. Acabei deixando A Luneta Âmbar para terminar o “projeto releitura” em 2019, mas tá na minha meta de #12em2019 (vai ter post, aguarde), então a expectativa é realmente ler.

2018 foi o ano de conhecer a Morro Branco. Estou meio apaixonadinha por todos os lançamentos que a editora fez e ela meio que ocupa um lugarzinho junto com a Darkside no meu coração.

Acabou que li A Quinta Estação num impulso. Estava em um período “entre livros” e queria uma coisa “pequena” para carregar comigo. Como foi um dos livros que comprei na promoção do dia das mulheres, ele estava próximo e relativamente fresco na memória dos livros que eu queria ler.

N.K. Jemisin foi uma surpresa maravilhosa. Você precisa conhecer essa autora que garantiu o Hugo Awards para os três livros dessa trilogia! E não, eu não vou falar do livro porque a experiência de leitura precisa ser completamente exclusiva, sem sinopses para não influenciar quando você for ler.

  • o último desejo - andrzej sapkowski
  • de volta para casa - seanan mcguire

Eu soube que a Netflix está fazendo uma série baseada nos livros da série Witcher/Geral de Rívia. Os mesmos que serviram de inspiração pros jogos Witcher de PS4 e outras plataformas. E aí, o que eu fiz? Fui lá ler o livro.

E eu me diverti MUITO com O Último Desejo! O formato do livro de Sapkowski é como se fosse um compilado de “contos” de aventuras relativamente isoladas de Geralt. Ele vai amarrando a história com entre-capítulos que dão o gatilho para o conto seguinte.

Achei que não tem a pegada meio aterrorizante que parece ter nos jogos, mas é uma fantasia medieval sem praticamente nenhum defeito. Me contorci internamente por não ter os livros seguintes para ler.

O segundo livro da Morro Branco que li foi De volta para casa. Eu já tinha ouvido falar da Seanan McGuire por suas séries de Urban Fantasy, e esse livro também ganhou prêmios lá fora.

Assim, ele está mais para uma novellete ou novella, por conta da quantidade de páginas que ele tem. Então o ritmo da história é bem intenso! A autora tem que conceituar e estruturar um mundo e os personagens, além de fazer a trama andar muito rápido.

Mas todo o universo que ela cria em De volta para casa, o “rito de passagem” dos adolescentes, os questionamentos, as desilusões e as esperanças são muito bons, atuais e importantes. E mesmo que seja na velocidade da luz, eu me senti extremamente satisfeita com tudo o que ela faz ao chegar ao final.

E com a vontade de voltar a visitar esse universo novamente.

Menções honrosas

  • a forma da água - guillermo del toro
  • filhos da degradação - felipe castilho

A Forma da Água foi o grande vencedor do Oscar 2017 e levou a estatueta de melhor filme. Aí o Guillermo del Toro foi e lançou uma “novelização” do filme. Só que a história não é literalmente o que acontece no filme. Vários personagens tem muito mais espaço narrativo para desenvolver suas próprias tramas.

O livro dá novas camadas de profundidade e complexidade para esses personagens que eram mais “superficiais”, e a experiência de ver o filme depois da leitura é muito mais interessante.

O único livro de autor brasileiro que li esse ano foi a grande surpresa de fantasia de Felipe Castilho. Fiquei impressionada com a qualidade da história de Filhos da Degradação, que não deve em nada à grandes bastiões da ficção internacional. Existem pequenos problemas de um certo excesso de “show don’t tell”, mas o resultado do livro é tão maravilhoso, divertido e envolvente, que é até perdoável.

Espero que a Intrínseca lance a segunda parte da saga agora em 2019.

Tenho que trabalhar meu preconceito e melhorar minha dedicação aos livros nacionais…

Decepções de 2018

Era pra ser um top só dos melhores do ano, mas né… Nem sempre a gente só lê coisas maravilhosas.

Então achei que valia dar um espaço para você conhecer o que eu não gostei ou me decepcionei durante 2018.

  • a mão esquerda da escuridão - ursula k. le guin
  • o homem de lata - sarah winman
  • a escolha - kiera cass

Ursula K. Le Guin sempre foi um nome que eu ouvia associado à sci-fi. A dama/rainha do gênero. O “único” exemplo de autora citado quando você pedia uma indicação de livros de sci-fi escrito por mulher.

Ou seja… alta carga de expectativa em cima da Le Guin de minha parte.

Mas assim, eu já não tinha gostado muito do livro de fantasia da série Earthsea que eu li. E foi a mesma coisa com A mão esquerda da escuridão.

Só que assim. Eu atribuo a mim mesma toda a culpa de não conseguir gostar do livro da Le Guin. De verdade eu acho que não entendi a história. Não tive empatia pelos personagens. Não entendi a estrutura dos capítulos. Fiquei incomodada com a forma como ela escolheu mostrar que os traços negativos da personalidade dos habitantes de Inverno eram associados com o lado feminino de sua dualidade/fluidez.

Então, o clARGHssico A mão esquerda da escuridão não funcionou pra mim. Ou eu não funcionei pra ele.

Assim como O Homem de Lata. Tentei me aproximar de um romance LGBT mas, de novo, não consegui gostar dos personagens, do ritmo, da angústia. E de novo eu acho que o problema nessa equação toda sou eu, e não o livro da Sarah Winman.

Agora, a trilogia A Seleção… meldelz do céu, que parada ruim. Eu quero acreditar que nem o meu eu de 14 anos, se lesse esses livros, ia gostar da história de America.

É tudo clichê, e dos piores possíveis. É a perpetuação da competição entre meninas/mulheres, de que não podemos ser amigas, que estamos aqui para perpetuação da espécie e para o prazer dos homens. É enaltecer o triângulo amoroso, os relacionamentos tóxicos.

O pior de tudo foi eu ler OS TRÊS LIVROS na vã esperança de que ia melhorar em algum momento. Porque o livro é ruim, os personagens são rasos, mas eu estava mais interessada no momento que a autora fosse dar alguma construção para o mundo. Eu estava esperando o momento que o livro ia dar a volta e ter um world building. Que não acontece, se você ficou curioso.

E agora eu não posso desler, e vou arrastar para sempre a “vergonha” de ter lido a trilogia completa.

GIF facepalm

E os melhores, e piores, livros do seu 2018? Quais foram?

Até a próxima! o/

*Compras feitas através dos links deste post geram uma pequena comissão ao blog ^.~

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