resenha

O Senhor do Caos – Robert Jordan

20 jul 2018
Informações

O Senhor do Caos

Robert Jordan

Intrínseca

série A Roda do Tempo #6

1072 páginas | 2018

3.5

Design 4

História 3

14

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Recuperando-se em meio às Sábias, Egwene deseja prosseguir por conta própria em seus estudos sobre o Mundo dos Sonhos, mas ainda precisa aprender uma dura lição sobre o código de honra Aiel. Em Salidar, a lealdade de Elayne e Nynaeve às dissidentes da Torre Branca as coloca em uma posição difícil: elas devem tentar proteger as Aes Sedai de si mesmas.

Mat e Perrin, por sua vez, precisam arriscar a própria vida para seguir Rand. Enquanto isso, o Dragão se divide entre governar Cairhien e Caemlyn, sem jamais encontrar refúgio das decisões difíceis e da voz de Lews Therin, que ameaça fazê-lo sucumbir à loucura.

Em O senhor do caos, as intrincadas tramas continuam a se desenrolar, e Robert Jordan demonstra maestria em resolver os conflitos dos volumes anteriores, criando, ao mesmo tempo, novos suspenses.

A ordem e as antigas instituições desmoronam para abrir caminho para o senhor do caos no novo volume de A Roda do Tempo, uma das mais extraordinárias séries já escritas.

Design

Assim, é uma série e se eu já falei em livros anteriores não tem muito o que acrescentar em termos de análise gráfica; dá um pulo em O Olho do Mundo pra ver minha primeira análise. Você inclusive pode dar uma olhada em As Chamas do Paraíso em que eu falo especificamente de uma coisa que eu vou continuar reclamando aqui.

Já não é de agora que os livros do Jordan ganham cada vez mais páginas a cada novo volume. Chegamos à impressionante marca de 1072 em O Senhor do Caos. E assim… o que é feito com o mapa do continente no projeto gráfico é de uma agressão sem tamanho com o leitor.

O Senhor do Caos, mapa - Robert JordanEntão… isso aqui na foto é meio o que acontece com o mapa quando ele é colocado no miolo do livro. Uma grande parte das informações centrais se perdem quando você quer efetivamente consultar a imagem.

Eu postei essa foto no meu Instagram durante a leitura. E assim, a maior parte da história de Nynaeve e Cia se passa ali naquele meio que não dá pra ver. <thumbs up>

Eu AMO o cuidado que a Intrínseca tem com praticamente todos os seus livros. Mas fico bastante triste quando vejo que a editora ainda não conseguiu uma forma melhor de incluir o mapa dentro dos da série da Roda do Tempo.

Sabe o que eu adoraria? Um link no site da editora pra que eu pudesse imprimir meu próprio mapa e colocar dentro do livro. Que o mapa ficasse na contra capa do livro, na parte interna as orelhas, sabe? Que ele tivesse um projeto parecido com o que foi feito em Filhos da Degradação (vira a página da visualização do instagram aqui embaixo que dá pra ver do que eu estou falando ;) ).

Qualquer coisa pra conseguir consumir melhor uma das partes mais importantes pra mim em um livro de fantasia.


História

Sou apaixonada por fantasia. Se você procurar vai encontrar alguns livros do gênero resenhados por aqui. Tenho diversos na minha lista infinita de “quero ler”, e sempre estou acrescentando mais alguns na fila.

Desde que A Roda do Tempo começou a ser lançada pela Intrínseca, lá pelos idos de 2013!, eu tenho acompanhado a história de Rand e Cia com um misto de grande prazer e uma certa decepção. Mas a história de Jordan e até mesmo os personagens, me faziam sempre perseverar. E eu gosto bastante do mundo/universo ligeiramente confuso que o autor criou, assim como das regras de magia de Saidin/Saidar.

Mas tem algumas coisas que já estão dando no saco e eu tenho ficado bastante incomodada ao longo dos livros. E agora em O Senhor do Caos meio que foi a representação em MIL-E-SETENTA-E-DUAS páginas do que eu menos gosto nos livros e no estilo de Jordan.

PRIMEIRO: o sexismo e a guerra entre os gêneros
A gente tem que entender um pouco quando quer reclamar de alguma coisa então eu fui atrás de saber se o que eu queria falar era sobre sexismo ou machismo. Acabou que esses dois sites (Insecta e Escreva Lola Escreva) me ajudaram a ver que tem mais a ver com sexismo mesmo.

Então. O universo de A Roda do Tempo já é naturalmente dividido entre homens x mulheres a partir do momento em que cada um tem acessos de forma diferente ao poder único.

Mas o problema aqui não é isso. O problema é a forma sexista como Jordan conduz e escreve sua história.

Sendo bem básica aqui, sexismo é quando um gênero (independente de qual seja) se coloca acima do outro. Fazendo uma metáfora de bosta, é como se fosse um “machismo comum de dois”.

O que eu quero dizer com isso? Todas as mulheres do livro tem a firme certeza que os homens são burros, precisam ser educados/doutrinados para tomarem as decisões certas, e não ouvem quando as mulheres estão dizendo as verdades que precisam ser ditas.

Já todos os homens acreditam que mulheres são manipuladoras, mentirosas, falsas e não devem ser confiáveis. Além disso, elas deveriam ser protegidas e guardadas o tempo todo.

Conseguem perceber a dinâmica de “guerra” e competição que existe entre os personagens de gêneros diferentes?! E sabe o que isso faz pela história?! Um grande nada! >o<

Como nenhum personagem consegue confiar ou se relacionar com o outro sem ter um alto nível de treta envolvida, beira o insuportável todas as vezes que homens se relacionam de alguma forma com mulheres, e vice e versa.

Todos estão sempre enaltecendo os “defeitos” uns dos outros, e isso só impede que o leitor consiga se relacionar com os personagens ou até mesmo criar afeto por eles. Porque parece que todo mundo se odeia o tempo todo! Como eles pretendem salvar o mundo se ninguém trabalha realmente junto?!

Isso quando o autor não coloca intriga entre as mulheres (aí não é mais sexismo, mas vem comigo)! Nynaeve, Elayne e Egwene também tem um relacionamento meio estranho, dado a momentos de slut shame e competição de poder entre elas. Tipo… por quê?! O que elas ganham fazendo esquemas solitários que não contam com o apoio umas das outras…?!

Aff…

GIF - Rolling eyes

SEGUNDO: nada acontece, feijoada!
MIL E SETENTA E DUAS PÁGINAS (tudo bem que tem o glossário junto, mas você entendeu)! 1072 páginas que alternam o ponto de vista entre praticamente todos os personagens protagonistas que já foram apresentados ao longo dos últimos livros. Todo mundo contando que tá fazendo calor, que não confia no outro, que o fim do mundo tá chegando, que precisa dominar um grupo pra conseguir alguma coisa.

Mas nada, NADA ACONTECE DE VERDADE, até os capítulos finais.

É um lance do Rand Viajar de um lado pro outro. De Perryn aparecer no início e depois só lá pro terço final de novo. É acompanhar Matt ainda relutante com o papel que tem.

É Egwene se recuperando e “virando” Aiel. Nynaeve ainda, AINDA!, sem controle dos seus poderes e insuportavelmente irritante. E Elayne sofrendo com Min e Aviendha e tendo alternâncias de comportamento o tempo todo.

Sério… é quase um slice of life medieval de como os personagens estão vivendo sua vida ao longo do livro inteiro.

TERCEIRO: estamos no sexto livro e eu ainda não entendi praticamente nada da luta de Rand x Abandonados x O Lorde das Trevas lá
E eu fico procurando o tempo todo informações na Wiki da série pra poder lembrar e saber quem é quem nessa trama toda.

GIF what say what britney spears wait

Até agora eu não sei qual é a do Tenebroso, porque ele é mal, o que ele quer, e quem seria seu real opositor; por que os Abandonados se juntaram a ele e meio que se tornaram “imortais”; o que o Lewis Therin foi fazer na cabeça do Rand (provavelmente isso foi contado em algum dos livros anteriores, mas né?! Não lembro, dá um desconto)?

Sempre que se fala da mancha de Saidin eu fico confusa em como foi parar lá. Eu queria saber mais sobre como Lewis Therin foi de salvador a odiado e louco.

Tem muita coisa que ou eu não lembro, ou realmente não foi desenvolvida e vai ser tratada em livros futuros, mas nossa… como atrapalha que eu consiga realmente entrar no mundinho.

QUARTO: maquinações políticas e planejamentos que não fazem sentido.
Todo mundo quer controlar o Rand, já que ele é o Dragão Renascido das lendas. Até o Rand quer conseguir se controlar, já que está em constante luta interna pelo controle contra Lewis Therin.

As Aes Sedai querem controlar o Rand. Algumas querem simplesmente blindá-lo e estancá-lo por ser um homem que controla o poder único. Outras querem “aconselhá-lo” e guiá-lo na forma como deve conduzir a dominação e a expansão para a batalha final. Até suas amigas e amantes querem de alguma forma controlar Rand.

Os nobres das cidades que ele conquistou querem ou que ele morra, ou dominá-lo de alguma forma.

E todos, TODOS, têm algum tipo de secret agenda. Até mesmo o Rand. E só o autor e os personagens sabem o que é essas maquinações e planejamentos, porque todos são segredos o tempo todo.

Aí, o que acontece com o leitor? Ele sabe que os personagens estão ali, maquinando, tramando altas paradas, mas ele só descobre (ou não) no momento do “Ahá! Te peguei! Olha só o meu plano sinistro entrando em ação!”.

E cara… como isso é frustrante. Sei lá… se você tá ali me dizendo que “eu tenho um plano, ele é sinistro, ele é maneiro, ele é secreto”, e você não é preparado em momento nenhum pra quando o plano é ou vai ser ativado… eu me sinto um pouco enganada e um tanto burra.

Um pouco mais de contexto talvez me deixasse mais satisfeita, sabe?


Depois de descarregar minhas frustrações, vamos falar um pouco sobre O Senhor do Caos propriamente dito?

A história tem dois plotlines principais: 1. a divisão do poder e da atenção de Rand entre as duas principais cidades do continente, seu super-master-secret-plan pra derrotar Sammael e a forma como ele tenta enrolar os dois grupos de Aes Sedai que querem “dominá-lo”.

E 2. Nynaeve, Elayne e, depois, Egwene e sua vida relativamente pacata e meio chata na cidade de Salidar, onde as Aes Sedai rebeldes se reúnem contra o poder de Elaida, que virou a Amyrlin da Torre Branca. Além de tramarem entre si, elas estão tentando conquistar espaço entre as Aes Sedai para conseguirem ir atrás de um ter’angreal que pode ter alguma coisa a ver com o descontrole do clima no continente.

São 1072 páginas, e só um dos dois plots tem uma real definição. SÓ UM! É bastante frustrante acompanhar páginas e páginas de “nada acontece”, pra no fim você se sentir enganado de que ia ter resolução para tudo o que se viu ao longo da história.

Aí fica mais fácil falar um pouco sobre o que aconteceu com os principais personagens, dividindo entre meninos x meninas, porque é meio que assim que a história é contada mesmo.

Rand / Perryn / Matt
Rand continua na sua busca por controle pessoal, acúmulo de poder, e em tentar encontrar outros homens que possam canalizar. Dessa forma, ele teria um exército pessoal que poderia rivalizar com as Aes Sedai. Além disso, ele definitivamente não consegue lidar com o fato de que é protegido por um monte de donzelas da lança Aiel, e não se conforma com a presença de Aviendha.

Na verdade, Rand quer pegar todas as menininhas, mas ao mesmo tempo se culpa por querer todas as mulheres que já se interessaram por ele. Dá uma certa raiva do cara porque ele quer Elayne e Aviendha, mas acredita que vai ser a causa da destruição das mulheres, por ser o Dragão Renascido. Por isso afasta o máximo que pode as duas e as trata mal na maior parte do tempo. Mais Aviendha, na verdade, porque Elayne está em Salidar.

Além disso tudo, Rand anda meio convencido de que é o phodão sinistro das galáxias. E, exatamente por isso, ele é responsável por dois grandes vacilos ao longo da história. Vacilos do nível facepalm, e que são o que realmente criam algum tipo de ação no livro todo.

Perryn pra mim é um dos melhores personagens, mas ele tem sérios problemas pra conseguir se conectar de verdade com Faile, sua esposa. Da forma como Jordan construiu a personagem, ela parece uma megera ciumenta que não dá espaço para Perryn, e meio que cobra que ele “leia sua mente” para saber o que fez de “errado”. Sério, estando ela certa ou não, eu acho esse tipo de relacionamento tão cansativo e idiota, que me faz praticamente desgostar da personagem, e ela é, na verdade, muito interessante. Mas aqui, em O Senhor de Caos, Faile é praticamente dispensável.

No fim das contas, Perryn vai se colocar de novo à frente do perigo para poder ajudar Rand a continuar na sua conquista e “devastação” do continente.

Já Matt continua sendo Matt, apesar de ele ter ganhado mais complexidade e ter ficado mais interessante. Mas ele continua sendo fundamentalmente um machista babaca no trato com as mulheres. Quando ele se encontra com Nynaeve, Egwene e Elaine dá até um certo nojo e aflição de todas as asneiras que saem da boca dele.

Como eu já devo ter dado a entender, essa incapacidade dos personagens de gêneros diferentes conseguirem conversar atrapalha DEMAIS a história, mas no caso do Matt, se ele não fosse colocado em contato com nenhuma mulher e só tivesse que tomar conta do exército e lutar umas guerras aí, provavelmente eu ficaria mais sossegada com o personagem. Porque eu tenho poucas esperanças que ele vá realmente evoluir muito mais do que já conseguiu.

Nynaeve / Egwene
As duas jovens de Dois Rios continuam sua progressão em busca do poder único e de espaço entre as Aes Sedai e as Sábias Aiel.

Mas assim, é o sexto livro, e Nynaeve ainda não conseguir tocar Saidar sem estar com raiva é tão frustrante e deixa a personagem tão estagnada… E ela continuar combativa e mandona também é outra coisa tão chata. Sabe aquelas afirmações idiotas e machistas que é “falta de homem”? Eu fico pensando se não foi exatamente isso que Jordan fez com a personagem. O que me faz me sentir péssima por até mesmo cogitar isso.

Mesmo assim, Nynaeve é o pivô de uma das únicas coisas interessantes que acontecem no núcleo de Salidar.

Já Egwene evoluiu bastante no poder, e até ganhou um namoradinho! Mas de alguma forma ela ficou um pouco orgulhosa e presunçosa com o nível que atingiu ao estudar com as Sábias, e depois, ao voltar para as Aes Sedai.

Pra falar a verdade, todo o núcleo de Aes Sedai me cansa. Acho que todas as camadas de segredos e tretas que existem entre as ajahs e entre as Aes Sedai são tão inúteis/complexos/chatos que eu passo grande parte dos capítulos só girando os olhinhos e esperando acabar.

Elayne / Min / Aviendha
O trio ternura. Sério, eu juro que queria entender o que estava passando na cabeça do Jordan ao criar o plot de que essas três iriam dividir o amor de Rand, e iam ficar de boas com isso.

Vai que ele era um homem “à frente do seu tempo” ao fazer uma proposta de poliamor lá nos idos do lançamento desses livros. Mas tendo a acreditar que era mais uma forma de realização de “sonhos molhados” adolescente de super atenção feminina pra um cara só.

Sabe aqueles mangas harém, em que um nerdão-virjão é perseguido por TODAS as meninas que aparecem na história? Então, em A Roda do Tempo, o Rand é nosso nerdão-virjão.

Mas sei lá, eu não curto muito essa relação das personagens não. Talvez eu preferisse que fosse alguma coisa que acontecesse naturalmente. Que fosse por conta da evolução da história e dos personagens… Que cada uma tivesse um papel romântico na vida do Rand, mas uma de cada vez, e cada uma a seu tempo.

Bem, Elayne me confunde. Quando a princesa de Caemlyn está entre as amigas Aes Sedai ela beira a inocência estúpida, parecendo a personagem mais jovem e ingênua entre todas as mulheres. Mas é só colocar um homem na história, tipo quando ela precisa se relacionar com Matt, que ela vira uma mulher horrível e insuportável, cheia de prepotências despropositadas e desnecessárias.

Min é uma personagem que eu gosto, mas aqui ela ficou parecendo que se aproveita para conquistar seu espaço com Rand, enquanto as outras mulheres não estão ali pra competir. E olha, é meio irritante a resposta dele, de que com Min ele se sente confortável, mas com Elayne e Aviendha ele se sente quase “ameaçado”.

Aviendha quase não tem espaço no livro, mas aparece para deixar Rand desconfortável e pra descobrir que tem que dividir o cara não só com Elayne, mas com Min também.


Acabei de perceber que a forma como Jordan escreve e desenvolve suas mulheres me faz ter uma certa raiva de todas elas. E nossa!, como isso me deixa mal. Assim, sororidade, né gente. Eu quero ter empatia e me envolver com as personagens femininas da história, mas elas são escritas de uma forma que as torna praticamente insuportáveis em 90% do tempo!

Sempre que tem algum capítulo com PoV de alguma das mulheres eu me sinto uma pessoa horrível por não ter paciência e ficar com saco cheio das personagens…

Assim, eu acho que é culpa de O Senhor do Caos. Por algum motivo que eu não faço ideia de qual seja, Jordan conseguiu condensar aqui todas as piores coisas que ele já criou em seu universo.

Eu fico tentando entender se tudo isso não é um reflexo do seu tempo. O Senhor do Caos foi escrito em 1994, e muitas das questões sociais que temos hoje em dia nem eram consideradas na época.

Mas ao mesmo tempo, fico pensando quantos jovens não cresceram influenciados pela forma como Jordan retratava as mulheres em seus livros. Quantos homens hoje que leram os livros não foram influenciados na forma como enxergam as mulheres e se relacionam com elas? Será que um livro tem tanto poder de convencimento ou de influência na formação social das pessoas?

O “pior” de tudo é que mesmo reclamando de todas essas coisas, eu ainda pretendo continuar lendo a história! Assim, não acho que sou uma pessoa melhor do que qualquer outra, mas acho que mesmo identificando coisas que me incomodam em um livro, isso não me impede de gostar das coisas que são boas. Acredito que se as coisas não melhorarem em um futuro próximo nos livros, é provável que eu acabe me afastando da história. Pense que são 14 livros no total da série.

Talvez o que eu tenha que fazer é perdurar até The Gathering Storm, que é o 12º livro e quando Brandon Sanderson assumiu a história depois da morte de Jordan. Bem, pelo menos já estou na metade do caminho. É só acreditar e torcer para que a Intrínseca ainda tenha interesse na série e que continue lançando até o final.


Outras resenhas da série

  • o olho do mundo - robert jordan
  • a grande caçada - robert jordan
  • o dragão renascido - robert jordan
  • a ascensão da sombra - robert jordan
  • as chamas do paraíso - robert jordan

Até a próxima! o/

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banner parceria editora Intrínseca 2018

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