devorados

Devorei em: fevereiro / 2024

11 mar 2024

Não quero comemorar muito porque isso pode atrair má sorte, mas estamos em março, e eu ainda estou conseguindo me organizar para postar por aqui! 🎉 Pequenas felicidades.

Fevereiro foi um mês mais “normal” de leitura em que eu consegui terminar quatro livros, praticamente um por semana, o que é mais ou menos meu objetivo. Fiquei dentro da minha zona de conforto, o que costuma render mais felicidades e melhores escolhas.

devorados fevereiro 2024

Devo publicar a resenha em algum momento, mas gostei de ler A dança da floresta. É uma fantasia muito mais focada nos personagens e no seu desenvolvimento do que realmente uma história de world building.

A gente só sabe o suficiente para ter a suspensão de descrença de que as cinco irmãs vão para um “mundo mágico” dançar sempre que a lua cheia aparece.

Juliet Marillier mistura alguns contos de fadas pra contar a história de Jenica e suas irmãs, e cria uma história de conexão feminina, de luta contra o sexismo, sobre amor à primeira vista e amor vencendo as barreiras do tempo e de qualquer maldição. Tem muito sobre o ódio ao diferente, inveja, e poder, e o quanto tudo isso pode corromper uma pessoa.

Foi um dos primeiros livros que me fez conhecer a editora Wish, e sou muito feliz que agora ele faz parte da minha estante.

Avaliação: 4 de 5.

  • A noite mais sombria [skoob/goodreads] – Senhores do mundo subterrâneo #1 – Gena Showalter (Compre na Amazon*)

Eu gosto de um urban fantasy. Antes de todo esse hype de romantasia, os livros de urban fantasy ou paranormais era onde você podia encontrar essa mistura de fantasia e romance, com toques de erotismo e sensualidade. Acompanho até hoje a série da Irmandade da Adaga Negra por conta dessas características.

A série Senhores do mundo subterrâneo já está por aí faz bastante tempo e eu sempre tive curiosidade pra ler Gena Showalter. Depois da suavidade de A dança da floresta achei que seria interessante partir para alguma coisa com “pegada”.

Sendo muito transparente aqui, o livro podia ter umas 100 páginas a menos. Em algumas partes da história, os personagens que vão ser o casal principal ficam descrevendo em parágrafos e mais parágrafos a impossibilidade do sentimentos que estão experimentando. E é um lance de rosnar de um lado, e ficar arrepiada do outro…

Eu gosto da construção do romance na maioria das vezes. Não preciso de slow burn e não tenho nada contra amor à primeira vista. Mas tava ficando monótono, toda alternância de capítulo eu ter que me perder em diversas descrições de coisas que já tinham sido descritas antes. Pra mim, a história do background dos demônios gregos que estavam aprisionados nos corpos dos senhores do submundo estava mais interessante do que o romance propriamente dito.

De qualquer forma é uma série divertida que deu vontade de continuar acompanhando. É só entender que vão existir todas aquelas coisas de “macho alfa”, rosnados, possessividade, e outras coisas que a gente já sabe que não é nem um pouco saudável num relacionamento de verdade.

Avaliação: 3 de 5.

  • República do dragão [skoob/goodreads] – A guerra da papoula #2 – R.F Kuang (Compre na Amazon*)

Esse foi o meu livro de fevereiro do projeto #12em2024. Confesso que eu não lembrava quase nada do que tinha acontecido em A guerra da papoula. Só tinha flashes de algumas cenas e acontecimentos específicos que tinham me marcado, mas lembrar lembrar de verdade não rolou.

Atrapalhou um pouco no começo porque eu não conseguia entender direito o que estava acontecendo com Rin, como tinha ficado o país depois dos acontecimentos da guerra e aonde estavam os outros personagens do primeiro volume.

Confesso que fui procurar um resumo em alguma wiki pra tentar dar um pouco de contexto, mas acabou que, insistindo na leitura, as coisas voltaram a fazer sentido.

Fiquei muito feliz que República do dragão conseguiu fugir da maldição do segundo livro. Ele é MUITO bom, ainda cheio de intrigas, tramas políticas, perseguição religiosa, batalhas e Rin tentando encontrar seu lugar e ser respeitada. Em dado momento, R.F. Kuang traz inclusive pinceladas sobre luta de classes, uma vez que Rin faz parte de uma camada da sociedade do sul do país (pobre e agrária) que sempre tentou ascender, para ser aceita pela elite do norte.

Estou esperando a oportunidade certa (entenda-se: promoção) para comprar o terceiro e último da série. Já vi comentários de que o fim é anticlimático e não traz satisfação pra toda jornada da história de Rin. Mas vamos ver. Às vezes, a jornada é mais importante do que o final.

Avaliação: 5 de 5.

  • Salmo para um robô pereguino [skoob/goodreads] – Monge e o robô #1 – Becky Chambers (Compre na Amazon*)

Essa não é minha primeira experiência com Becky Chambers. Eu já li o primeiro livro da série Wayfarers, A longa viagem a um pequeno planeta hostil, que infelizmente não escrevi resenha. Pretendo reler esse livro para poder pegar os seguintes; vai que consigo colocar minha opinião por aqui.

Mas bem, Salmo para um robô peregrino é o primeiro livro de sua nova série, e eu achei que foi um quentinho no coração 💚. A gente segue a jornada de Dex, ume monge que decide mudar sua vocação e parte sozinhe em busca de aprimorar os conhecimentos sobre ser ume monge do chá.

Nesse mundo, que mistura tecnologia com uma preocupação muito humana com o outro, um monge do chá está sempre disponível para ouvir as necessecidades de uma pessoa e preparar o chá certo para aquele momento.

Depois de alguns anos como monge do chá, Dex começa a se questionar se é realmente esse sue propósito. Então elu decide sair do seu itinerário padrão para iniciar sue busca por respostas de como prosseguir a vida.

Eu achei uma história delicada e com algumas reflexões sobre essa nossa necessidade de encontrar propósito para tudo que fazemos na vida, quando poderíamos entender que estar vivo já é o propósito em si.

Pra mim, a única coisa difícil foi pegar o ritmo lendo os pronomes neutros des personagens. Entendam, eu simplesmente não estou acostumada ainda a ver/ouvir/me relacionar com pessoas não binárias. Ainda não está enraizado em mim perceber e entender quando vejo elu/delu/minhe ao longo das frases. Depois que fui me acostumando com a cadência e meu cérebro fez a correlação entre os pronomes e es personagens tudo fluiu melhor.

Achei muito gentil das editoras do livro colocarem uma explicação no começo sobre o uso da linguagem neutra para ser o mais fiel possível com a história como foi escrita por Becky Chambers. Espero que essa passe a ser a forma que as editoras façam para respeitar as pessoas como são representadas e “idealizadas” originalmente nos livros.

Avaliação: 4.5 de 5.

Nos vemos em abril? 🙂

Até a próxima! o/

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