resenha

A canção do súcubo – Richelle Mead

14 ago 2020
Informações

A canção do súcubo

Richelle Mead

Essência

série Georgina Kincaid #1

388 páginas | 2010

3.5

Design

História 3.5

Quando se fala de empregos no inferno, ser um Súcubo parece bastante glamuroso. Uma garota pode ser qualquer coisa que ela quiser, o guarda-roupa é de matar e homens mortais farão qualquer coisa por apenas um toque. Claro, eles geralmente pagam com suas almas, mas por que ser tão técnico?

Mas a vida da Súcubo de Seattle Georgina Kincaid é muito menos exótica. Seu chefe é um demônio de médio escalão com uma queda por filmes do John Cusack. Seus melhores amigos imortais (ou melhores amigas …) ainda não pararam de provocá-la por causa da vez em que ela se transformou na Deusa Demônio, completa, com chicote e asas.

E ela não consegue ter um encontro decente sem sugar parte da vida do cara. Ao menos ela tem seu emprego diário em uma livraria local – livros de graça; Todos os mochas de chocolate branco que ela conseguir tomar; e acesso fácil ao sexy escritor de bestsellers, Seth Mortensen, aka Aquele por Quem Ela Daria Tudo Para Tocar mas Não Pode.

Mas os sonhos sobre Seth vão ter que esperar. Algo estranho está acontecendo no submundo demônio de Seattle. E, dessa vez, todos os seus charmes e cantadas de cair morto não vão ajudá-la porque Georgina está para descobrir que há algumas criaturas que tanto Céu quanto o Inferno querem negar…

História

Estava com vontade de ler um urban fantasy. Sabe quando você está sem muita vontade de se arriscar com alguma leitura, aí você sai em busca do que te dá conforto e felicidade?

Que com certeza vai ser uma coisa que seguramente vai te deixar satisfeito?

Então, urban fantasy e romances de época costumam ser os meus gêneros de segurança e conforto. Como li poucos livros do primeiro esse ano, fui ver o que eu já tinha disponível no Kindle.

Há muitas Bienais atrás, eu comprei a série da Georgina Kincaid praticamente completa por um preço irrisório. Mas não tinha o primeiro volume. Então, em algum momento eu peguei o e-book na Amazon e bem, agora pareceu ser um boa hora pra começar a leitura.

Talvez você conheça Richelle por sua famosa série YA Vampire Academy. Ela meio que estourou na época que os vampiros estavam com tudo por aqui.

Mas a autora também lançou duas séries de fantasia urbana que saíram por aqui. Uma delas é Dark Swan, com uma protagonista xamã e feéricos, se não me engano.

A outra, lançada pela Essência, segue a história de Georgina Kincaid, uma súcubo que vive em Seattle e trabalha em uma livraria.

Um súcubo é como se fosse um demônio feminino que pode mudar de forma e se alimenta da energia de homens. Principalmente durante o sexo.

Georgina faz parte do grupo de imortais inferiores que moram em Seattle e prestam serviço para o “demônio principal” que toma conta da cidade. Ela se vê como parte dos “vilões”, porque existe o “lado bom” dos anjos que deveriam proteger os humanos, e impedir que os demônios corrompessem suas almas.

Quando Georgina não está trabalhando na livraria, é seu papel ajudar a roubar a energia dos homens e fazer com que assinem contratos e vendam suas almas pro “seu lado”.

Não fica muito claro como é esse equilíbrio entre os demônios e os anjos, mas em A canção do súcubo, eles inclusive trabalham juntos pra derrotar um inimigo em comum.

Nossa súcubo tem amigos, principalmente homens, com quem passa algum tempo fora do trabalho. Dois vampiros e um duende, todos eles misturados aos humanos, se passando por um de nós.

Apesar de ter que prestar contas pra Jerome, o demônio superior de Seattle, Georgina está passando por um período um tanto complicado na sua vida. Ela tem se recusado a sugar a energia de homens que ela considera “pessoas boas”, e focado só naqueles que são “ruins”, dentro de sua bússola moral.

Isso faz com que não tenha tanta energia de qualidade. E também que se mantenha o mais afastada possível dos caras bons. Ela não quer se relacionar com eles pra não correr o risco de acabar sugando a vida deles.

Acontece que, aparentemente, ela parece atrair os carinhas bons e interessantes, mesmo que não queira. Ao longo da história pelo menos quatro caras se relacionam com ela de alguma forma.

Além da vida não-amorosa de Georgina, acompanhamos um mistério de que imortais inferiores estão sendo assassinados pela cidade, e tudo parece de alguma forma convergir para a súcubo.

Então Georgina vai ter que sobreviver ao assassino e não se apaixonar ao longo do processo.

Apesar de ser um livro de introdução do universo, achei que a forma como Richelle Mead escolheu contar a história da súcubo foi interessante. Em certos trechos da trama, a autora aproveitava para fazer um gancho com o passado de Georgina e contar como ela fez um acordo e se tornou uma súcubo. Tem inclusive participação especial de Lilith!

Você consegue entender que existe uma certa hierarquia tanto nas fileiras demoníacas quanto nas angélicas. Alguns dos poderes dos personagens também são explicados. Mas eu sinto falta e espero que em algum momento seja introduzido como a estrutura de Seattle se formou e como Georgina foi parar na cidade.

Outra coisa que eu achei um pouco complicada, apesar de entender dentro do contexto da história, foi o relacionamento de Georgina com outras mulheres.

Na verdade, não existem amigas presentes de Georgina. A chefe na livraria é só mencionada e tem pouquíssimas falas e interações com ela. As outras duas mulheres que aparecem com um pouco mais de presença são antagonistas e desprezadas por Georgina.

É “compreensível” que uma mulher como ela seja territorial e agressiva com outras mulheres. Mas eu gostaria de ver Richelle Mead se esforçando pra criar um relacionamento saudável de amizade entre a súcubo e outra mulher. Que não fosse necessário ter sempre essa rixa feminina de competição.

Como livro introdutório, eu fiquei bastante satisfeita com o a trama e com os personagens. E se você curte um leve erotismo nos seus romances, vai encontrar certa satisfação em A canção do súcubo.

Ainda bem que tenho a série completa, pra dar continuidade na leitura quando der essa vontade de “comfort zone” outra vez.


Até a próxima! o/

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