resenha

O visconde que me amava – Julia Quinn

6 maio 2021
Informações

O visconde que me amava

Julia Quinn

Arqueiro

série Os Bridgertons #2

288 páginas | 2013

3.25

Design 3

História 3.5

16

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A temporada de bailes e festas de 1814 acaba de começar em Londres. Como de costume, as mães ambiciosas já estão ávidas por encontrar um marido adequado para suas filhas. Ao que tudo indica, o solteiro mais cobiçado do ano será Anthony Bridgerton, um visconde charmoso, elegante e muito rico que, contrariando as probabilidades, resolve dar um basta na rotina de libertino e arranjar uma noiva.

Logo ele decide que Edwina Sheffield, a debutante mais linda da estação, é a candidata ideal. Mas, para levá-la ao altar, primeiro terá que convencer Kate, a irmã mais velha da jovem, de que merece se casar com ela.

Não será uma tarefa fácil, porque Kate não acredita que ex-libertinos possam se transformar em bons maridos e não deixará Edwina cair nas garras dele.

Enquanto faz de tudo para afastá-lo da irmã, Kate descobre que o visconde devasso é também um homem honesto e gentil. Ao mesmo tempo, Anthony começa a sonhar com ela, apesar de achá-la a criatura mais intrometida e irritante que já pisou nos salões de Londres. Aos poucos, os dois percebem que essa centelha de desejo pode ser mais do que uma simples atração.

História

Pra variar, Os Bridgertons foi uma série que eu comecei pelo “final”. Quanto eu tinha parceria com a Arqueiro, pude solicitar dois dos livros da Julia Quinn, Um Beijo Inesquecível e A Caminho do Altar.

No frenesi de descobrir um “novo” gênero e me divertir com ele, eu achei que a autora era a “mais fraca” das que a Arqueiro publicou (se você for catar resenhas antigas aqui no blog, vai ver que eu curti a experiência desses livros dela no começo). Lisa Kleypas e Sarah MacLean eram muito mais interessantes, e eu amei conhecer a Eloisa James.

De qualquer forma, eu acabei comprando a série completa dos Bridgertons, porque sou uma pessoa que não curte ficar com os livros em aberto e incompletos.

Ano passado eu li o primeiro livro, O Duque e Eu, que serviu de base pra série da Netflix, e foi uma das piores experiências que eu tive na vida. Fiquei realmente incomodada com os personagens, com a condução da história, com a normatização de situações problemáticas e passada de pano que a autora faz pros acontecimentos.

E depois desse livro meio que assumi que Julia Quinn definitivamente é a autora que eu menos gosto dos romances de época.

Mas eu ainda tinha quatro livros dela pra ler. E decidi pegar o segundo. E aparentemente, O Duque e Eu é um “erro” na bibliografia da autora.

Porque sim, existem problemas de masculinidade tóxica em Anthony aqui em O Visconde que me amava, mas não é nada comparado ao que acontece no primeiro livro.

Nossa mocinha da vez é Kate. Ela está debutando tardiamente aos 21 anos porque sua família não tem tanto dinheiro e decidiram que seria melhor esperar a irmã mais jovem completar 17, e as duas poderem ir para os bailes de Londres.

Isso podia ser motivo pra mostrar que as irmãs se odeiam ou qualquer coisa assim, mas Kate adora sua irmã, mesmo ela não sendo sua irmã de verdade. Depois que a mãe de Kate morreu, seu pai casou novamente com uma viúva que prometeu cuidar de Kate como se fosse sua filha. Então temos uma pequena família feliz de três mulheres.

Entra Anthony, o maior libertino da família Bridgerton, porque aparentemente essa é a “profissão” básica de qualquer homem no século 19… Nosso protagonista decide que já está bom de farrear e que precisa se casar para constituir família e produzir um herdeiro para seu título.

Acontece que Anthony tem probleminhas e não quer se apaixonar por sua futura esposa. Então decide que ele vai desposar Edwina, a “bela da temporada”. E obviamente, ela é a irmã mais nova de Kate.

É tudo que a gente precisa pra montar o cenário pra uma relação de ódio entre o libertino e a jovem que quer a todo custo proteger sua irmã, impedindo que ela se case com Anthony.

Eu particularmente gosto bastante desse trope de “haters to lovers”. Costuma ser divertido acompanhar a mudança de sentimento entre os personagens e ver que tipos de situações eles vão precisar enfrentar para conseguir se aproximarem.

Eu gostei da forma como Julia Quinn escolheu que eles se conhecessem, e achei bom ela não recorrer ao “sexo antes do casamento” pra forçar que eles ficassem juntos. Mas, como eu comentei, Anthony às vezes tem uns arroubos de violência verbal contra Kate para demonstrar seu desgosto ou insatisfação com a moça que são um pouco… demais. Dá pra relevar? Até dá. Mas particularmente, eu não curto mais tanto assim essas “agressividades”.

O livro no fim das contas é mais positivo do que O Duque e Eu. Obviamente existe o momento de tensão e “confronto” pra poder gerar aquela movimentação na história de você se perguntar “mas será que eles conseguirão ficar juntos depois disso?! 😱”. Mas né, o que todos queremos com um romance de época é só um tempo devidamente aproveitado, e não reviravoltas desafiadoras.

E eu tinha me esquecido das aberturas de capítulo com os trechos do tablóide da Lady Whistledown. Eles sempre são divertidos e costumam ter umas tiradas sarcásticas sobre as ações e atitudes dos personagens.

Me diverti com O Visconde que me amava. Provavelmente foi o tipo de leitura leve que eu precisava e agradeço por Julia Quinn não ter mandado mal em mais um livro. Ainda prefiro outras autoras, mas né? Agora é terminar os outros livros da série para riscar mais uma da minha lista das leituras incompletas.


Outras resenhas da série

  • um beijo inesquecível - julia quinn
  • a caminho do altar - julia quinn

Até a próxima! o/

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