O Homem de Lata
Faro Editorial
série ---
160 páginas | 2018
Em 1963, Ellis e Michael eram dois garotos de doze anos que se tornaram grandes amigos. Durante muito tempo, sempre foram apenas os dois, andando pelas ruas de Oxford, um ensinando ao outro coisas como nadar, descobrir autores e livros e a esquivar-se dos punhos de seus pais dominadores. Até que um dia algo muito maior que uma grande amizade cresce entre eles. Mas então, avançamos cerca de uma década nesta história e encontramos Ellis, agora casado com Annie, e Michael não está mais por perto. O que leva à pergunta: o que aconteceu nos anos que se seguiram? Esta é quase uma história de amor. Mas seria muito simples defini-la assim.
História
Sabe quando você lê um livro e ele não te diz nada? Sabe quando provavelmente você é a pessoa errada para ler aquela história? Sabe quando você não se conecta com os personagens e nem entende direito quais são as engrenagens que os fazem funcionar?
Então, isso foi O Homem de Lata pra mim.
Se você olhar as notas que o livro recebeu no Goodreads fica até difícil de entender como eu posso ir completamente contra o que todo mundo achou do livro. Mas eu achei extremamente difícil de acompanhar a história de Ellis e Michael.
O Homem de Lata é, em sua estrutura principal, um livro LGBT+. É a história de como Ellis conheceu Michael, e como uma mulher se tornou importante para os dois e também os separou.
O livro é dividido em duas partes. A primeira acompanha Ellis, desde sua infância, quando conheceu Michael, e de certa forma se apaixonou pelo rapaz.
Fala sobre como ele viveu sob o jugo de um pai controlador que destruiu todo e qualquer sonho que o jovem Ellis tinha de se tornar artista. E de como, anos mais tarde, conheceu Annie e se casou com ela.
Junto com ela e Michael, Ellis foi feliz durante algum tempo, até que perdeu os dois. Ellis se torna um homem depressivo e amargurado, e eu não consegui sentir empatia pelo personagem porque ele soava confuso na maior parte de seus capítulos.
Porque eu não fui adequadamente apresentada ao seu período de vida junto com Annie. Eu não consegui alcançar o nível de sofrimento que perdê-la fez na vida de Ellis. Então ele faz umas besteiras meio incompreensíveis e a gente segue adiante com a história.
É quando vamos para a parte em que Michael assume a narrativa. O jovem é muito mais interessante, mas ele mostra uma face um tanto rebelde e promíscua que nós não conhecemos pela visão de Ellis.
A história se passa no fim dos anos 1980, quando a AIDS se disseminou agressivamente pela comunidade LGBT+. Michael vivencia e convive com homens que sofrem da doença, e acompanha a morte de seu companheiro.
Ele é muito mais contemplativo do que Michael, mas também existe uma melancolia bastante profunda em seus capítulos.
Mas, sendo bastante sincera, eu não consegui entender o que o livro estava querendo me contar. Eu não consegui tocar o sofrimento de Ellis, porque você não conhece Annie o suficiente para poder sentir a dor de perdê-la. Ao mesmo tempo, eu não consegui acompanhar a busca de Michael.
Tenho absoluta certeza que o problema do livro fui eu, que provavelmente não estava preparada emocionalmente para ele. Ou até mesmo não tenho o amadurecimento necessário para poder realmente compreender e absorvê-lo. O que é uma pena para mim, para o tema, e para a própria autora que não conseguiu me envolver o suficiente na história e nos personagens.
Até a próxima! o/
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