Junho já passou tem um tempo, mas vale comentar o que eu andei lendo. Tenho percebido que minha velocidade de leitura anda um pouco mais lenta, e ainda não consegui decidir se é culpa de um cansaço generalizado e falta de atenção, ou simplesmente estou escolhendo mal minhas leituras.
Mas vamos lá: quatro livros pra estante de lidos, sendo que um foi um empréstimo muito bem vindo.
Dos livros da série Fairy Tales, acho que esse foi o mais fraco até agora. O pior pra mim acho que foi a autora tentar vender uma mulher independente, forte, e emancipada em uma Inglaterra e Itália vitoriana, machista e misógina, mas que não consegue manter essa postura quando se vê forçada a se relacionar com um nobre dominador e relativamente impositivo. Posso estar cansando do gênero? Posso, é um fato. Mas prefiro acreditar que foi o livro que não funcionou pra mim.
Eu tinha um pouco de pé atrás com Ursula K. Le Guin. Minhas primeiras experiências com ela foram A mão esquerda da escuridão e O feiticeiro de Terramar (tem resenha no blog). O primeiro eu não consegui entender praticamente nada e provavelmente não tinha maturidade literária e de vida pra talvez realmente aproveitar a leitura. O segundo muito provavelmente tenha a ver com ser um infanto juvenil que não consegui me conectar com a história e com o personagem principal. Mas pela sugestão de uma amiga querida, peguei emprestado A curva do sonho, e parece que estava lendo uma autora completamente diferente! Uma distopia contemporânea, que gera angústia e envolvimento com o personagem principal, e aquele senso de urgência de que está tudo indo para o pior resultado possível. Eu gostei muito mais desse estilo da autora, e talvez não precise desistir dela.
A sensação que tive no primeiro livro de um começo truncado e um estilo estranho meio que voltou na continuação. Não sei se foi porque eu tinha “desaprendido” o ritmo depois que terminei a leitura, mas precisei pegar no tranco de novo para aproveitar Um veneno doce e sombrio. Gostei do resultado final da história. Algumas coisas são convenientes pro andamento da trama, outra coisas eu achei que ficaram sem explicação, principalmente sobre o passado dos pais da Ning, mas não atrapalharam pra que a jornada e a conclusão fossem agradáveis. Acho que vou atrás de mais fantasias “asiáticas”, principalmente porque elas têm romance, mas não chegam a ser o foco da história.
Um dos melhores livros do ano. Sensível, sarcástico, introspectivo. É engraçado como é possível sentir a essência do autor em cada página. Toda “falta de jeito” e incômodo que ele mostrou no palco falando de suas obras, de uma forma autodepreciativa mas engraçada (o que é um pouco triste ao mesmo tempo)… você sente no livro. Inclusive, foi essa apresentação que ele fez e alguém compartilhou comigo no Instagram que me convenceu a pegar Gente Ansiosa o quanto antes. Eu adorei a história. Marquei várias coisas no começo do livro, quando Backman está apresentando os personagens, que me fizeram pensar e dizer na minha cabeça “é isso!”. Fiquei com vontade de ler mais do autor, mas talvez eu pegue os livros emprestados na Biblioteca São Paulo.
Vamos pra julho! 🙂
Até a próxima! o/
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