Junho foi daqueles meses que simplesmente sugam tudo o que você tem (e não tem) para dar, mas estou aqui pra falar um pouquinho dos livros que li e abandonei em maio.
Maio foi um mês um tanto preguiçoso de leituras. O segundo volume da série de Ender’s Game tomou muito mais tempo do que eu imaginava, apesar de ser um pocket. E o livro que peguei em seguida não foi tão empolgante ou prazeroso quanto esperava.
Sim, eu sei que Orson Scott Card é um autor problemático. Se eu der a desculpa que só descobri isso depois que já tinha os livros, vale? De qualquer forma, eu gostei bastante de Ender’s Game e eu tenho a tetralogia completa aqui em casa. Achei que seria legal continua a leitura dos livros seguintes. Speaker for the dead segue um Ender adulto, tentando de alguma forma reparar os acontecimentos do primeiro livro. A história é interessante, com a humanidade tendo colonizado outros planetas depois do fim da guerra contra os “insetos”. Mas ao mesmo tempo, criou-se uma preocupação muito grande sobre xenobiologia e como lidar com planetas que tenham vida que pode ser considerada racional. A tensão toda de Speaker é exatamente a relação de uma colônia de humanos “brasileiros/portugueses” que está em um planeta que possui uma espécie e como construir uma sociedade sem impactar no desenvolvimento natural desses seres. Toda essa parte “antropológica” é interessante e enervante, mas a evolução dos relacionamentos humanos e dos personagens também ocupa uma parte muito importante de toda a história. Vou continuar apesar de ter achado um pouco irc o interesse romântico do Ender no livro.
- A última contadora de história [skoob/goodreads] – Donna Barba Higuera (Compre na Amazon*) >> LEIA A RESENHA
Aí peguei A última contadora de histórias pra continuar numa pegada space opera. Vi duas booktubers que gosto falarem bem do livro, mas não funcionou pra mim. Não foi porque era um infanto juvenil, porque eu costumo gostar dos livros do Rick Riordan, que normalmente são da mesma “categoria”. Mas as escolhas da história são estranhas, a protagonista é complicada… Eu tentei explicar na resenha, mas devo ter falhado miseravelmente. Depois dá uma olhada lá se tiver curiosidade.
É uma pena, porque eu adoro comprar os livros que a Darkside lança e costumo valorizar as escolhas editoriais que a editora faz. Mas dessa vez, não deu muito certo.
Sapiens foi o livro do mês do clube do livro da indústria vital. Tou tentando trazer de volta a experiência de leitura com o pessoal do trabalho… não tenho tanta certeza se vou conseguir manter a frequência, mas vontade de tentar ainda está aqui. Sobre Sapiens, eu tenho sentimentos conflitantes. Acho importante que o autor tenha conseguido tanta notoriedade e dar visibilidade para a história como uma fonte de valor e informação, e que tenha gerado tanto burburinho e alcançado muitas pessoas. Ao mesmo tempo, eu me questionei muito ao longo da leitura sobre o quanto o que estava escrito ali eram realmente fatos históricos, e o quanto de opinião estava embutida nas páginas do livro. Sabe aquela “máxima” que a história é escrita pelos vencedores? Então… o quanto aquilo que Harari estava passando é a visão dos vencedores, colonizadores, imperialistas, capitalistas, sendo massificada como certa? No fim, acabei não terminando a leitura. As dúvidas meio que minaram meu interesse real em terminar o livro.
Vamos pra julho! 🙂
Até a próxima! o/
Descubra mais sobre Parafraseando Livros
Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.
Nenhum comentário