resenha

Rio Vermelho – Amy Lloyd

11 out 2018
Informações

Rio Vermelho

Amy Lloyd

Faro Editorial

série ---

276 páginas | 2018

3.25

Design 4

História 2.5

16

Compre! Amazon

Você acredita nele… então porque está com tanto medo?

Uma combinação perfeita de A Sangue Frio e Making a Murder! Como confrontar quem você ama quando você não tem certeza se quer saber a verdade? 

Há vinte anos, Dennis Danson foi preso pelo assassinato brutal de uma jovem no condado de Red River, na Flórida. Agora ele é o assunto de um documentário sobre crimes reais que está lançando um frenesi online para descobrir a verdade e libertar um homem que foi condenado erroneamente.

A mil milhas de distância na Inglaterra, Samantha está obcecado com o caso de Dennis. Ela troca cartas com ele e é rapidamente conquistada por seu aparente charme e bondade para ela. Logo ela deixou sua velha vida para se casar com ele e fazer campanha para sua libertação. Mas quando a campanha é bem sucedida e Dennis é libertado, Sam começa a descobrir novos detalhes que sugerem que ele pode não ser tão inocente…

História

Eu estava numa vibe de thrillers, sabe? Eu vinha numa sequência de três livros de suspense e achei que poderia encaixar mais um para manter a lista do gênero em alta. E também eu vi a primeira temporada de Mindhunter na Netflix, então psicopatas também estavam no meu radar.

https://youtu.be/eNvayDGQ_a0

Foi quando esbarrei no lançamento da Faro. Quando li a sinopse de Rio Vermelho achei um pouco perturbador. Assim, a gente sabe que tem maluco de todos os tipos aí nesse mundão. Mas ler sobre a perspectiva de uma personagem que se apaixona por um psicopata condenado parecia ser (doentiamente) interessante.

Mas, só que não…

Amy Lloyd criou personagens, todos eles, dos protagonistas aos coadjuvantes, que são completamente disfuncionais. E tipo, eu não me importei com ninguém. Eu não gostava de ninguém. Não eram aqueles personagens que a gente acha horríveis mas eles são tão envolventes e interessantes que você PRECISA ver o que vai acontecer com eles.

Não. Eu só virava as páginas pensando em como, COMO, Samantha se permite enredar em uma trama como a criada em Rio Vermelho.

E assim, Samantha TEM probleminhas. Você vai descobrindo ao longo da história que ela com certeza tem problemas mentais. Que ela teve problemas sérios no seu último relacionamento (e provavelmente na sua vida toda, mas a autora não conta tanto do passado da personagem pra gente).

De qualquer forma, depois que ela terminou seu namoro, ela continuou com a rotina de entrar em fóruns que acompanham julgamentos de condenados à prisão perpétua/pena de morte, e que “provavelmente” foram injustamente presos. Um hábito que ela começou junto com o namorado mas que tomou uma proporção um tanto quanto… peculiar… com o passar do tempo.

O caso que ela tem acompanhado com maior interesse é o de Dennis Danson, que está preso há 20 anos, e que tem um segunda temporada de um seriado sobre sua vida sendo preparada. Como ela não tem mais nada pra fazer na vida, ela decide enviar uma carta para Dennis, e assim começa a trocar correspondências com o cara.

Ela na Inglaterra. Ele, em uma prisão nos EUA.

Obviamente, ela se apaixona platonicamente pelo homem gentil e envolvente que ela lê nas cartas e decide jogar tudo pro alto e ir para EUA, conhecê-lo pessoalmente.

E é sério. Daí em diante o livro só descamba para uma tentativa de despistar o leitor sobre quem realmente é o assassino das meninas da cidade natal de Dennis. Mostrar um relacionamento tóxico e abusivo entre Dennis e Samantha. Mostrar como ela também não é uma pessoa muito normal.

A resolução dos mistérios de certa forma são previsíveis mas não de uma forma que você fica satisfeito, porque, sei lá. Chegou em dado momento que eu só estava torcendo pra que todo mundo acabasse morrendo, com o nível de desinteresse que eu tinha pelos personagens.

Eu estava a ponto de, terrivelmente, achar que Samantha merecia o que estava acontecendo com ela, dado o seu nível de “burrice”.

Sério… se uma pessoa foi considerada um possível culpado de assassinato, uma vez que existiam fatos que poderiam corroborar com esse tipo de acusação, por que, em posse de seu pleno juízo, você consideraria se relacionar romanticamente com essa pessoa?! Mesmo que possa ter sido condenada injustamente, se houveram motivos para suspeita, alguma coisa deve existir!

Sei lá. E ainda vem o final e é uma tentativa de plot twist doentio, pra tentar deixar aquele gostinho de tensão e probleminhas que também não me pegou…

Meu pai sempre diz que presidiários ainda tem família e pessoas que o amam do lado de fora da prisão. Mas no caso de Rio Vermelho eu fiquei realmente incomodada com o assunto. Ponto pro livro.

Mas daí a aceitar todas as coisas que acontecem com os personagens e ficar satisfeita com o desenvolvimento da história, são outros quinhentos. Provavelmente, eu não fui a pessoa certa para Rio Vermelho.


Com essa resenha eu me despeço da parceria com a Faro. Foi muito bom enquanto durou e agradeço DEMAIS à Andrea pela oportunidade e por ter cruzado novamente o meu caminho. Muito obrigada! <3


Até a próxima! o/

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parceria com a editora faro editorial

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