insurgente
rocco
série divergente #2
512 páginas | 2013
Na Chicago futurista criada por Veronica Roth em Divergente, as facções estão desmoronando. E Beatrice Prior tem que arcar com as consequências de suas escolhas. Em Insurgente, a jovem Tris tenta salvar aqueles que ama – e a própria vida – enquanto lida com questões como mágoa e perdão, identidade e lealdade, política e amor.
Design
Muito bem… temos cinco facções e três livros. Como lidar?! XD Bem, Divergente aparentemente tinha o símbolo da Audácia na capa. Agora, Insurgente vem com o símbolo da Amizade, e um padrão de cores mais da natureza, alternando entre o “dourado” do outono e o verde do verão/primavera. Provavelmente aqui para mostrar o ciclo natural de todas as coisas. Ainda existe o horizonte de prédios na base da imagem da capa, mas parecem ser prédios diferentes do primeiro livro.
Gosto do lettering do título e da autora, todo em caixa alta conferindo uma certa modernidade, mas acho que o efeito de gradiente e dropshadow no título atrapalha um pouco a leitura. Na minha edição, o registro correu um pouco, então a impressão não bateu direito com o relevo seco, mas é algo bem sutil. Infelizmente a lombada não tem marcação de volume, então a gente precisa saber qual é a ordem dos livros para colocar na estante.
Na quarta capa o padrão cromático é mantido mas ao invés de uma sinopse temos frases de efeito sobre Uma Escolha. Para saber qual é a do livro, você precisa ler a orelha esquerda.
Vamos ao miolo. Insurgente é daqueles projetos gráficos menorzinhos e isso já faz com que a área de mancha na página seja mais apertada. Entretanto, o projeto conseguiu balancear o tamanho da fonte e a entrelinha com boas margens criando uma mancha bonita. Pena que as páginas não tem cabeçalho… =/
Meu único problema aqui é a escolha de fonte. Por mais que ela seja serifada, o que costuma ajudar na legibilidade do texto, ela é muito alongada verticalmente (quase condensada) e não cria uma continuidade entre as letras. Fico com a sensação que você tem branco demais nas palavras, e consequentemente nas frases. Eu acabo vendo mais a parte “negativa” da fonte, os buracos das letras do que o contorno realmente, e isso foi um trabalho para acostumar os olhos durante a leitura.
História
Não sei de verdade se quero escrever uma resenha completa de Insurgente porque a) não fiz uma para Divergente; b) não consigo entender como uma série que começou com 5 estrelas para mim pode ter seguido do jeito que seguiu; c) acho que o principal motivo das 2.5 estrelas para a história foi porque não gostei de como Veronica Roth desenvolveu o relacionamento de Tris e Quatro e acredito que isso impediu que eu tirasse qualquer coisa boa do livro em si.
Na verdade, acho que não gostei de Tris no livro. Na minha cabeça de leitora, que não tem nada a ver com o que a autora decidiu para sua história, uma pessoa Divergente deveria ser “melhor” (com muitas aspas) dos que as que são associadas a somente uma facção. Mais maduras, mais evoluídas, mais flexíveis. Para mim Tris é apenas uma adolescente perdida, amargurada, egoísta e sem nenhum senso do que realmente confiança significa.
Ela exige que Quatro confie nela, mas em nenhum momento toma a decisão de confiar nele para começo de conversa. Como o livro é todo contado em seu PoV é fácil de ver o quanto ela não quer se abrir, não quer confiar, nem dividir seu sofrimento e sua culpa. Isso não faz dela forte, nem uma “melhor” integrante da Audácia (ou de qualquer facção, diga-se de passagem). Para mim só deixa a personagem burra e impede seu real crescimento/desenvolvimento.
TODAS as decisões que Tris toma ao longo do livro, além de serem extremamente egoístas, só a afastam de Quatro e só me fizeram questionar se a autora realmente queria que eles ficassem juntos.
Eu queria ver os dois evoluindo como um casal. Que se apoia, que confia, que divide as coisas. Que justificasse o quanto eles se gostam. Mas ela preferiu seguir por um caminho que só estimulava a separação dos dois e as decisões questionáveis da Tris.
No fim das contas, fica parecendo que eles são personagens completamente diferentes dos que conquistaram tanta coisa em Divergente (e que me conquistaram a ponto de eu preferir esta série a Jogos Vorazes). O que não faz muito sentido, uma vez que Insurgente continua imediatamente depois de onde Divergente terminou! Então, o que aconteceu para que Tris e Quatro mudassem TANTO?!
Até onde eu sei, muitas pessoas acharam Convergente o pior livro da série e que destruiu tudo que Veronica Roth construiu. Sendo bastante sincera, do jeito que a história conduz os personagens, eu preferiria que ela separasse Tris e Quatro definitivamente e até mesmo matasse um dos dois. De preferência a Tris, porque acho Quatro um personagem mais interessante.
Até a próxima! o/
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