pulsação
arqueiro
série tensão #2
352 páginas | 2015
Emily Cooper sempre pensou que iria se casar e viver ao lado de Dillon Parker. Porém, após conhecer Gavin Blake, toda essa certeza foi por água abaixo. Arrebatada pelo sexy empresário, ela se entregou a uma paixão avassaladora, mas que logo foi abalada por uma dolorosa revelação.
Mesmo com o fim do tórrido relacionamento, Emily percebe que está disposta a arriscar tudo para ficar com o homem que domina seus pensamentos e sonhos desde o dia em que se conheceram. Agora ela só pode se apegar à esperança de que Gavin ainda a deseje, apesar de todos os seus erros e defeitos.
Com o coração partido, Gavin se isola da sociedade e se fecha em um mundo autodestrutivo. Emily não está acostumada a ser forte, mas terá que encontrar dentro de si a coragem e a confiança necessárias para lutar por seu amor e trazer Gavin de volta.
Neste desfecho da série, os leitores ficarão ainda mais apaixonados por Emily e Gavin, envolvidos em uma jornada de perder o fôlego e acelerar a pulsação.
Design
Já falei do projeto gráfico criado para a duologia da Gail McHugh no primeiro livro. As únicas diferenças aqui são a foto do casal, que deve representar a “dança” entre Emily e Gavin ao longo da história, e a cor de destaque que agora é azul. Para outras informações você pode ver minha opinião do design na resenha de Tensão.
História
Vou começar avisando que não sou de fazer rant literário e muito menos dar spoilers dos livros, mas Pulsação me fez abrir um mega exceção aqui.
ESTOU fazendo um rant e VOU dar spoilers. Então se você não curte ler esse tipo de resenha, e não quer saber spoilers do segundo livro de Gail McHugh, a gente se vê em um próximo livro! :3
Não sei se vocês lembram, mas minha relação com Tensão foi meio dúbia. Apesar de ter gostado da forma como a autora escreve, os diálogos e ritmo, tive problema com os personagens, com o triângulo amoroso, com o desenvolvimento da história.
Pulsação não ajudou muito a melhorar a primeira impressão méh. O livro tinha tudo para desenvolver dois temas interessantes e um em especial muito importante. Primeiro, a autora podia continuar com suas cenas de sexo muito bem descritas e desenvolvidas e com o romance, isso estava ok para mim. E, segundo, ela tinha um papel ainda mais legal que era realmente abraçar a conscientização sobre o abuso que muitas mulheres sofrem dentro de casa.
Lembram do Dillon, o namorado bbk que a Emily fica indo e voltando no primeiro livro? Ele virou o demonho maluco do mal agora. E foi uma mudança de certa forma tão drástica e quase gratuita para o leitor realmente odiar o personagem… Tudo bem, eu acabei comprando o ódio, mas só porque a autora realmente o torna um imbecil-machista-manipulador-agressor de mulheres.
E é só isso! Gail McHugh não desenvolve o tema além de algumas questões tensas entre Dillon e Emily. Logo depois a personagem resolve ir atrás de Gavin, que foi chorar as mágoas no México, se entupindo de bebida, pegando tudo que der mole pelo caminho, achando que a jovem resolveu assumir que gosta de ser agredida pelo Dillon e se casar com ele.
Desencontros à parte (“tudo bem você transar com todas as mulheres do México, eu não me importo!” “não se preocupe porque eu usei camisinha com todas elas, mas com você eu só quero sem proteção!”), as coisas ficam de boa e voltamos para frases melosas e extremamente longas para provar o quanto Emily e Gavin são perfeitos juntos. Declarações em diálogos com parágrafos imensos sobre “sabe porque eu te amo mais”, “ah, não eu te amo mais”, que já estavam dando uma canseira. E sexo. Porque tem que dar aquela enrolada para manter o leitor ali, envolvido.
Mas não é o suficiente. Precisamos trazer o demonho de volta para aprontar altas confusões! E o que a autora faz?! Que desculpa é SUPER maneira para fazer com que um triângulo bizarro fique AINDA MAIS bisonho?! TEJE PRENHE EMILY! O.o
Ah, cara… Vamos trabalhar uma gravidez, dizer que “caraaaamba, eu não me protegi direito e nem faço ideia de quem é o pai”; trazer o Dillon de volta para perturbar os pombinhos felizes; e trabalhar bastante a insegurança que as mudanças corporais de uma gravidez fazem com o corpo da mulher. E eu digo bastante, porque é muito mesmo!
Então vamos lá. Agora nós temos uma gravidez, o demonho de volta, incerteza sobre a paternidade, incerteza se o Gavin vai querer a Emily virando uma pequena bola, taca a mãe do cara no meio para criar ainda mais tensão porque ela não aprova a possibilidade de a Emily ter o filho de outro enquanto namora com o filho dela…
Tá bom de clichês para vocês?! Porque não foi o suficiente para Gail McHugh. E se… A GENTE MATAR O GAVIN?! Aí a gente para de brincar e se pergunta porque “mesmo eu quis continuar lendo a série”?! ¯\_(ツ)_/¯
Já que a resenha é toda spoiler, não fiquem tristes porque o Gavin não morreu assim, de verdade verdadinha, sabem? ¬-¬
Juro que eu queria que a série tivesse melhorado nesse segundo volume, mas a expectativa que eu tinha de uma reflexão sobre o machismo, abuso e agressão à mulheres, sobre dar a volta por cima e se recuperar de um relacionamento abusivo, nada disso aconteceu. Sustentar uma história só em clichês e cenas de sexo não dá certo. Apelar para uma gravidez para mim também não funciona, porque não é esse tipo de assunto que eu procuro em livros e nem curto muito quando o casal principal acaba grávido no meio da história (apesar de isso acontecer bastante no final de romances de época. Aí eu consigo relevar e aceitar mais).
Gostei do estilo da autora e do Gavin, não gostei das escolhas e do desenvolvimento da história.
Outras resenhas da série
Até a próxima! o/
Descubra mais sobre Parafraseando Livros
Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.
Nenhum comentário