paixão ao entardecer
arqueiro
série os hathaways #5
272 páginas | 2015
Mesmo sendo uma família nada tradicional, quase todos os irmãos Hathaways se casaram, até mesmo Leo, que era o mais avesso a essa ideia. Mas para a caçula Beatrix, parece não haver mais esperança.
Dona de um espírito livre, apaixonada por animais e pela natureza, Beatrix se sente muito mais à vontade ao ar livre do que em salões de baile. E, embora já tenha frequentado as temporadas londrinas e até feito algum sucesso entre os rapazes, nunca foi seriamente cortejada, tampouco se encantou por nenhum deles.
Mas tudo isso pode mudar quando ela se oferece para ajudar uma amiga.
A superficial Prudence recebe uma carta de seu pretendente, o capitão Christopher Phelan, que está na frente de batalha. Mas parece que a guerra teve um forte efeito sobre ele, e seu espírito, antes muito vivaz, se tornou bastante denso e sombrio.
Prudence não tem a menor intenção de responder, mas Beatrix acha que ele merece uma palavra de apoio – mesmo depois de tê-la chamado de estranha e dito que a jovem é mais adequada aos estábulos do que aos salões. Então começa a escrever para ele e assina com o nome da amiga. Beatrix só não imaginava o poder que as palavras trocadas teriam sobre eles.
De volta como um aclamado herói de guerra, Phelan está determinado a se casar com a mulher que ama. Mas antes disso vai ter que descobrir quem ela é.
Design
Eu falei bastante sobre o design da série Os Hathaways no livro anterior, Manhã de Núpcias, então você pode dar um pulinho lá para conferir minha opinião.
Só tenho um comentário para fazer. A Guerra da Crimeia aconteceu entre 1853 – 1856. O fecho éclair ou zíper foi apresentado pela primeira vez em 1893 (via Wikipedia). Só isso. :P
História
Para tudo que eu só quero ler Lisa Kleypas por um bom tempo. Eu já tinha me apaixonado pelo primeiro livro que li da autora, agora então, sou fã. Me deem minha carteirinha, por favor.
Lisa escreve de um jeito tão envolvente, com um ritmo e personagens tão maravilhosos que eu me sentia em completa abstinência quando precisava fechar o livro para trabalhar. Passava as 8h no serviço com um pedaço da minha atenção meio que perdida, pensando nas coisas que estavam acontecendo na história. E fiquei MUITO TRISTE que, por causa do nível de envolvimento que tive, o livro acabou em poucas horas! T_T
A sensação que fica é que, pelo menos, eu ainda tenho os três primeiros da série para ler (e comprar), porque a família Hathaway, e seus devidos agregados, são alguns dos melhores personagens de romance que eu já acompanhei.
Paixão ao Entardecer é focado no “patinho feio” da família, a filha caçula Beatrix. Completamente apaixonada pela natureza e por animais, a bela jovem é ainda mais deslocada em termos sociais do que o resto de sua família excêntrica. Beatrix “coleciona” animais que normalmente seriam sacrificados ou descartados por seus donos e, por causa de seu relacionamento amoroso com a bicharada, tem facilidade para ler pessoas e compará-las à comportamentos de animais. Por exemplo, ela se vê como um furão.
Por causa de seu comportamento estranho Beatrix não é bem vista pela sociedade, não é um “espécime casadouro”, e apesar de isso perturbá-la um pouco, por perceber que é diferente das outras damas, a jovem é muito independente e autossuficiente para pensar só nisso.
Uma de suas amigas que está em busca de pretendentes ricos e de alto nascimento recebe uma carta de um Capitão do exército, que está alocado na frente de batalha na guerra da Crimeia. Em busca de normalidade o Capitão Phelan decide escrever para a moça bonita que conheceu nas rodas sociais. O que ele não sabe é que a moça é uma patricinha que só pensa em ascensão social, e não pretende se dar ao trabalho de responder a carta. Sorte de nosso capitão que Beatrix se compadece do moço e passa a se corresponder com ele, assinando o nome da patricinha.
Óbvio que dá ruim porque Beatrix, que até algum tempo achava que não iria se apaixonar, percebe que está caidinha pelo audacioso Capitão Christopher Phelan e decide que não quer mais viver às custas de alimentar o romance do seu amado com a insossa da sua amiga. Quando Phelan volta da guerra, mudado por todas as atrocidades que viu e cometeu, ele só quer encontrar a jovem por quem se apaixonou, sem saber que é Beatrix que está procurando.
Os dois acabam se encontrando em Hampshire, o condado onde ambos moram, e é quando Beatrix percebe que pode se aproximar do homem que ama. A história agora é da busca de Christopher por sua amada e de Beatrix pela felicidade ao lado do capitão.
DELICIOSO! Os diálogos dos dois é espirituoso e inteligente, ágil e sagaz. Christopher é um homem experiente, em vários sentidos, e quer se casar com a mulher das cartas. Beatrix está em busca da felicidade com o homem por quem se apaixonou, ao mesmo tempo que não tem nenhuma esperança de que Christopher vá desejá-la, uma vez que já a desprezou antes de ir para guerra.
Adorei todos os momentos do livro, a descrição dos encontros dos dois, os momentos carregados de tensão sexual, as cenas de sexo propriamente ditas, extremamente bem escritas e descritas, a participação dos outros parentes de Beatrix… Posso começar a reler agora?! Porque já estou com saudades.
Eu e Thor queremos mais livros de Lisa Kleypas!
Só teve uma coisa que me incomodou, apesar de eu entender que no contexto histórico da história faça sentido. A primeira vez que Beatrix e Christopher tem “intimidades” juntos, assim que a jovem está “saciada” a primeira coisa que a jovem pergunta para o capitão é “quando vamos nos casar?”! MAH OI?! A autora construiu uma personalidade para Beatrix de independência, de espírito livre e o primeiro homem que consegue entrar em seus calções já é cobrado de casamento?! O.O
Ok, que eles vinham trocando cartas durante todo o tempo da guerra, então já se conheciam, não eram completamente estranhos e estão apaixonados. Mas achei muito bizarro esse tipo de cobrança acontecer de uma pessoa que é dito não se preocupar com isso. Então eu entendi que em 18xx-guaraná-de-rolha uma mulher ser vista em companhia de um homem sem acompanhantes era extremamente ruim para sua reputação. Se Beatrix já era vista de uma forma preconceituosa e errada pela sociedade, relacionar-se com o capitão sem o devido casamento formal iria terminar de esfregar sua reputação na lama. Mas não posso deixar de comentar que no momento que li a frase durante a história foi bastante paradoxal.
Mas é isso, Pessoas! Lisa Kleypas é uma das melhores escritoras de romance histórico que eu conheço! Leiam e se apaixonem pelos Hathaways também! ^.^
outras resenhas da série
Até a próxima! o/
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