a promessa do tigre
arqueiro
série a saga do tigre #0.5
128 páginas | 2014
Medo. Esperança. Dúvidas. Antes da maldição, uma promessa. Mais de 300 anos antes de Kelsey Hayes surgir na vida de Ren e Kishan, uma jovem cruzou o caminho dos príncipes. Seu amor por um deles mudou o curso da história e o destino da família Rajaram. Criada longe dos olhos da corte, isolada do convívio no castelo, Yesubai luta para suportar os maus-tratos do pai e manter em segredo suas habilidades mágicas. Lokesh é um poderoso e cruel feiticeiro que foi capaz de assassinar a própria esposa porque ela lhe deu uma filha em vez de um filho. Ao completar 16 anos, Yesubai é surpreendida por um anúncio do rei. Procurando fortalecer suas relações diplomáticas, o nobre acredita que um casamento entre a filha de Lokesh, comandante de seu exército, e um pretendente de algum dos reinos vizinhos será uma boa estratégia para diminuir os conflitos na região. A jovem recebe a notícia com alegria. Pela primeira vez ela enxerga um fio de esperança, a perspectiva de escapar do controle do pai e de levar uma vida fora do confinamento de seus aposentos. Mas esses não são os planos do feiticeiro. Ele vê no iminente casamento de Yesubai uma oportunidade de conseguir ainda mais poder e não poupará esforços para atingir seus objetivos sombrios. ‘A promessa do tigre’ conta a origem da história dos príncipes Ren e Kishan e os acontecimentos que levaram às aventuras da aclamada série ‘A maldição do tigre’.
design
Dos cinco livros da saga, para mim esse é o segundo mais bonito. Só existem duas coisas que me incomodam um pouco. A primeira é a quebra do padrão de uso de animais como ilustração da capa, aqui temos o lótus e o rosto de Yesubai. Que é a segunda coisa que me incomoda. Na verdade eu acho que a soma dos dois elementos (flor + jovem) acaba criando um excesso de informação na capa, dessa forma eu preferiria que a ilustração focasse ou na flor ou no rosto da personagem.
Fora isso, o miolo segue o padrão funcional da Arqueiro e aqui, ainda mais do que em outros projetos gráficos, temos um fonte meio enorme na mancha gráfica, que ficou com ares de “desculpas” para justificar um livro de 128 páginas. Com uma fonte “normal” não acho que teria alcançado nem 100 páginas. =/
história
É meio chato você ler uma história que já sabe o final, porque no fim das contas não existe tanta expectativa pelos acontecimentos, não existe tanto um crescendo de clímax, porque, né? É quase ler ou assistir um filme tendo visto spoilers antes. É quase revivenciar Moulin Rouge no cinema e saber na primeira cena do filme que a moça morre no final (sorry, o filme é de 2001 e MUITO bom, não tem porque você ainda não ter visto! :P). É ver Sexto Sentido sabendo a verdade sobre o Bruce Willis.
A Promessa do Tigre tenta dar uma voz e personalidade para Yesubai, um dos principais pivôs de toda a história de Ren, Kishan e Kelsey. É uma pena que a personagem é tão sem graça e sem profundidade que o livro/conto fica quase com a sensação de “desculpa” para que a autora não saísse da lembrança dos leitores. Para vocês terem noção de quão rasa Yesubai é, Kelsey com sua personalidade de rabanete consegue ter mais camadas e ser mais interessante como personagem.
Colleen cria uma personagem que é sensível, frágil, e de certa forma submissa por causa de toda a agressividade e ódio que o pai tem pelo mundo. Ela é praticamente o escape da raiva de Lokesh para todos seus planos que não dão tão certo assim, afinal ela é a filha que nasceu no lugar do filho conquistador que ele desejava. Lokesh vai fazer de tudo, inclusive utilizar a beleza da filha, de forma a conseguir o que mais deseja, ser um tirano que governa toda a Ásia.
A jovem é reprimida pelo pai e guardada em reclusão, ao mesmo tempo que tem um forte senso de proteção pela aia que cuidou dela desde a infância. É esse senso de proteção que a impede de fugir e tentar procurar a felicidade. Por ser filha de Lokesh, um grande mago, Yesubai acaba desenvolvendo um poder muito peculiar de cura e de se tornar invisível, o que é muito útil para escapar dos ataques de fúria do pai.
O resto da história nós já conhecemos dos livros da Saga do Tigre, como Yesubai é usada para se tornar noiva de Ren, acaba se apaixonando por Kishan (que não consegue ter uma felicidade decente nunca u.u), e como esse triângulo só traz maldição e infelicidade para os personagens.
Acho que para mim o livro só valeu pela oportunidade de “rever” Ren e Kishan, mesmo que suas participações na histórias sejam bem superficiais e rápidas. A mãe dos dois tem até mais espaço do que eles, mas faz sentido se levarmos em consideração que Yesubai não poderia se relacionar com os príncipes.
Mas ainda é chato já saber o fim no começo. =/
Outras resenhas da série
Até a próxima! o/
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