resenha

Liberta-me – Tahereh Mafi

23 jul 2014
Informações

liberta-me

tahereh mafi

novo conceito

série estilhaça-me #2

444 páginas | 2013

3.25

Design 2

História 4.5

Liberta-me é o segundo livro da trilogia de Tahereh Mafi. Se no primeiro, Estilhaça-me, importava garantir a sobrevivência e fugir das atrocidades do Restabelecimento, em Liberta-me é possível sentir toda a sensibilidade e tristeza que emanam do coração da heroína, Juliette. Abandonada à própria sorte, impossibilitada de tocar qualquer ser humano, Juliette vai procurar entender os movimentos de seu coração, a maneira como seus sentimentos se confundem e até onde ela pode realmente ir para ter o controle de sua própria vida. Uma metáfora para a vida de jovens de todas as idades que também enfrentam uma espécie de distopia moderna, em que dúvidas e medos caminham lado a lado com a esperança, o desejo e o amor. A bela escrita de Tahereh Mafi está de volta ainda mais vigorosa e extasiante.

Design

Ok, preciso dizer logo agora que a culpa da nota “vergonhosa” do design é única e exclusiva para essa capa HORRENDA! Sim, “acabei” de ser aprovada na parceria com a Novo Conceito, e sim, estou falando mal da capa de Liberta-me. Foi um dos trabalhos mais descuidados que já vi a editora fazer, então precisa ser dito: a capa é ruim! Se este fosse o primeiro livro da série poderia ter me afastado da leitura simplesmente por ser feia, com cara inclusive de amadora.

Vamos lá. A imagem é na verdade um zoom in no rosto da modelo do primeiro livro, com efeitos para “borrar” a imagem e tentar esconder o fato que, ao aproximar e aumentar a foto, os pixels EXPLODEM na cara da gente. “Vamos dar uma borradinha que ninguém vai perceber”. Sorry, eu percebo, e eu me incomodo. Além disso temos os cacos de vidro (oi?!) e imagens de uns rapazes genéricos nos dois maiores. Onde está o efeito metálico?! Onde está a qualidade?! T_T

De resto, o miolo é tão bom quanto o do primeiro livro que eu já falei aqui. O que é bizarro, uma vez que se a capa é ruim, a expectativa seria de um miolo ruim à altura, não é? Ainda bem que não.


História

Quando li Estilhaça-me há quase dois anos atrás a sensação de identificação com a personagem foi tão perfeita grande que meu medo de a autora estragar a história e a personagem nas sequências era imenso. Mas foi um medo desnecessário, Tahereh Mafi criou uma história que só melhora.

Vou tentar tentar tentar tentar escrever uma resenha fugindo de spoilers deste livro, mas se você não leu Estilhaça-me, é melhor sugiro parar a leitura aqui.

Juliette, Adam, Kenji e James conseguiram escapar do Restabelecimento e de Warner. Agora, no Ponto Ômega, todos tentam se reerguer e se preparar para o que está por vir.

Juliette aceitou fazer parte do plano de Castle, o Professor Xavier de Liberta-me, e agora precisa aprender a controlar seus poderes. Mas ela ainda é uma menina insegura, assustada e seu maior medo é que as pessoas a vejam como ela acha que é: um monstro que pode matar com um toque.

rogue

Desde que chegaram ao Ponto Ômega ela e Adam não conseguiram mais ficar sozinhos e os poucos momentos que tem juntos são quentes, literalmente. Até que a descoberta do porquê Adam é o único que pode tocar em Juliette acaba abalando o frágil relacionamento que tinham. Isso e a chegada de Warner.

Tahereh Mafi começa a direcionar sua história e a desenvolver ainda mais seus personagens. Meu nível de identificação com Juliette só cresce ao longo das páginas e já dá para perceber com quem a autora quer realmente que sua heroína fique.

Algumas mudanças são feitas nos personagens inclusive alterações de dinâmicas também. Mas como estamos acompanhando tudo pela ótica de Juliette,  as mudanças na verdade acontecem quando ela se permite realmente ver além da superfície dos outros à sua volta. Quando ela começa a sair do mundinho autocentrado e assustado em que vive. Ao mesmo tempo em que ela mesma começa a perceber seu próprio potencial, valor e coragem.

Adoro a forma como a autora conta a história, a estética da “mente” de Juliette não me incomoda porque faz todo o sentido para mim. As cenas românticas são maravilhosas e se ela descrevesse um pouco mais, a idade subia automaticamente para 16 anos e o livro podia até beirar o new adult (ADORO!). Como em Estilhaça-me, o final é muito rápido e cheio de clímax, deixando um bom gancho para a continuação.

E, confesso, estou me “apaixonando” pelo Warner. Espero que eu não me arrependa. *-*

Louca para contar para vocês minha opinião de Incendeia-me, que emendei imediatamente depois de fechar Liberta-me. Já estou sofrendo pela perspectiva de “perder” dois personagens de que tanto gostei.


Até a próxima! o/


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