lost boys
leya
série lost boys #1
464 páginas | 2013
O destino os aproximou. Mas poderá também separará-los? Joey Gray acaba de se mudar para uma pequena e estranha cidade, e está se sentindo um pouco perdida. Até encontrar um garoto misterioso e encantador bem próximo de sua casa. Mas Joey mal suspeita que Tristan Halloway tenha um bom motivo para estar sempre vagando pelo cemitério da cidade… Perfeito para fãs de Stephenie Meyer e Lauren Kate, O Verdadeiro Amor Nunca Morre é uma história romântica e mágica entre uma garota e um fantasma. Primeiro da trilogia Lost Boys segundo o site da autora.
Design
Livro digital, portanto, sem avaliação de design.
História
Ultimamente não tenho lido as sinopses dos livros que pego e me permito criar uma expectativa em cima do título e da temática. Quando escolhi Lost Boys estava toda preparada para uma história do tipo da Mediadora de Meg Cabot, mas no fim das contas ele se direciona mais para uma de banda de música.
Lilian Carmine começou a lançar Lost Boys no Wattpad, uma ferramenta online para publicação de histórias próprias, e que virou uma forma de editoras descobrirem novos autores. Sucesso lá fora, em pouco tempo ela foi lançada pela LeYa por aqui.
Quando comecei a ler Lost Boys achei que estava seguindo mais um young adult, com uma personagem e uma trama relativamente “clichê” de amor à primeira vista, desenvolvimento do romance, clímax e tensão do casal e “final feliz”, tudo isso envolto por um viés sobrenatural. Acontece que a idade dos personagens não é mais de “jovens adolescentes”, todos tem entre 17 e 18 anos. Então com o decorrer da história algumas situações que ocorrem são mais “maduras”. De certa forma foi um choque para mim, porque o livro dá essa guinada de abordagem meio que “do nada”, as coisas ficam mais quentes, as descrições das cenas mais elaboradas e a história até fica mais interessante. Mas algumas coisas na construção da personagem principal me incomodaram.
Joe muda com sua mãe para Esperanza, uma cidade relativamente pequena, e é matriculada em um colégio interno para terminar seu último ano. Elas moram perto do cemitério da cidade e, um dia, ao ajudar uma senhorinha a levar um jarro para dentro do lugar, Joe acaba se perdendo. É quando ela encontra um rapaz, o gatinho da história, e tudo começa a acontecer. Tristan não é um adolescente normal, e no começo ele tenta esconder de Joe sua verdadeira natureza. Ele evita tocar na garota, e suas maneiras são muito mais formais do que as de outros rapazes de sua idade.
No fim das contas, Tristan é um fantasma (dã… só a Joe não percebeu ¬¬) que consegue voltar à vida com a ajuda de um feitiço antigo e o poder mágico de Joe, que ela nem sabia que possuía. A partir daqui o sobrenatural passa a ter uma parte (bem pequena) na história dos dois. O foco real é na vida de Joe: se aclimatando na nova escola; “sofrendo” bullying da rainha do colégio e do ogro do time de basquete, mas mostrando que não leva desaforo para casa; tendo que fingir que é irmã de Tristan quando ele também ingressa no internato; se apaixonando cada vez mais por ele; e entrando para a banda Lost Boys da aula eletiva de música.
Joe tem um pouco de síndrome do patinho feio, se veste de um jeito mais masculino “porque é confortável”, faz aulas de artes marciais, é direta e incisiva, teimosa e persistente. Muitas vezes eu simplesmente a achava extremamente chata e perseguidora! O.o Em dado momento da história, ela simplesmente muda da água para o vinho. De aparentemente inexperiente e “machinho” ela vira uma “periguete” femme fatale só porque é “teimosa e não desiste”. Sei que é uma “evolução” que costuma acontecer com esse tipo de personagem mas nunca foi uma solução de conflito que me agradasse para história.
Infelizmente, a parte que primeiro me atraiu para a história, o sobrenatural, fica muito de lado em vários momentos do livro para focar no relacionamento romântico dos personagens. Eu não posso reclamar porque normalmente é o que eu procuro em tudo que leio. Mas fiquei um pouco decepcionada de que uma proposta com tanto potencial (fantasmas, bruxas, a morte e “homens fora do tempo”) fosse tão pouco aproveitada. Joe fica tão focada em seu relacionamento que no momento do clímax final não dá para acreditar em seu sucesso, já que ela não evoluiu sua parte “mística”.
Apesar das minhas considerações, eu gostei do estilo de Lilian. É ágil e interessante, mesmo nos momentos que eu não curti muito suas soluções. Ela constrói bem o enredo, seus personagens masculinos são muito bons (inclusive melhores do que as meninas) e eu sofri junto com Joe em certa hora da história. Só não entendi porque o livro é uma série já que, para mim, ele acaba bem redondo.
Até a próxima! o/
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1 comentário
Eu nunca curti muito historias de fantasmas.. Nem mesmo “A Mediadora” me conquistou, apesar de eu adorar litros livros da Meg Cabot. Vejo muitas pessoas falarem desse aqui, maaas…
Bom, gosto é gosto. Nunca fui dada a ler coisas que efetivamente não curto, mas até que experimento novidades, como o steampunk ;)