De repente, o amor
editora única
série Wild ride to love/irmãs fallon #2
366 páginas | 2013
Aos trinta e um anos, a sorte de Kat Fallon com os homens já se mostrou longe de ser algo positivo. Mas quando ela convida seu melhor amigo e vizinho Nav Bharani para ser seu par no casamento de sua irmã mais nova em Vancouver, ela não imagina que está para embarcar na maior surpresa de sua vida… Nav é apaixonada por Kat desde que ela se tornou sua vizinha, e quando ela diz para ele que adora viagens de trem, principalmente pela possibilidade de “conhecer” estranhos, Nav bola um plano para ganhar o coração de Kat. Em cada parada do trem durante a viagem ele aparecerá disfarçado como “um desconhecido sexy”. Kat cai nesta brincadeira sensual, mas o que começa como uma simples diversão transforma-se em algo mais denso e Kat se vê em dúvida se permanece em suas fantasias sexuais de solteira ou investe no seu par perfeito. Sexy, divertido, intrigante… Susan Fox é um dos novos talentos da ficção erótica.
Design
Esse é o primeiro livro que vejo da editora Única que “acaba” de entrar no mercado com a série Wild Ride to Love/As Irmãs Fallon. Achei o trabalho gráfico de livro muito simpático, mas talvez eu preferisse um livro um pouco maior. Sempre fico nervosa com os livros menores com lombada grossa, porque tenho medo de esgarçar e marcar a capa. O livro tem 14x21cm, sou mais fã dos que tem 16x23cm, por exemplo.
Achei uma boa eles não terem dado um foco muito grande para o homem na foto da capa. Naveen é indiano, e o Google não me ajudou a achar um homem que fizesse jus a todas as descrições que Kat faz durante a narrativa… Eu acho a composição da capa simpática, mas a transição entre a imagem do casal e o tecido vermelho é muito brusca, e eu acho que não ficou tão bom. O resultado como foram resolvidas as capas fotográficas mais recentes dos livros da Irmandade da Adaga Negra é um pouco melhor.
Ainda sobre a capa, gostei bastante do verniz fosco que foi utilizado, sou fã desse acabamento mais do que do brilhante. E aqui ainda tem uma aplicação de verniz localizado no título e, na quarta-capa, no box de sinopse. Acho que é uma das primeiras editoras que reparei que colocou todos os seus contatos de redes sociais na contra-capa, e achei bem legal para estimular os leitores a seguir os canais.
Tive a impressão que apesar de a folha só ter 66,6g de gramatura, elas tem a sensação ao tato de um papel bem mais grosso, mas o cheiro, não sei se da tinta ou do próprio papel é muito agradável, mesmo agora, que já manuseei o livro. Achei a mancha do miolo muito aberta, o espaço entre parágrafos é muito largo e acho que isso acabou implicando em um número maior de páginas. O tamanho e a família escolhida para o texto são perfeitos, mas a área em branco criada pela entrelinha+espaço entre parágrafos acaba ficando um pouco exagerada.
Confesso que eu preferiria que as aberturas de capítulo, cabeçalho e números de páginas seguissem a fonte sans-serif da capa, que foi utilizada para escrever o nome da autora.
Um trabalho muito bom para um dos livros de estreia da editora.
História
De repente, o amor chegou em um sábado durante minhas férias enquanto eu ainda estava lendo Juliette Society. Depois que terminei a leitura do livro de Sasha Grey meio que fiquei com a necessidade de ler algo descompromissado e leve. Calhou que a resposta foi exatamente o livro de Susan Fox. E que livro, me abana, por favor!
Nossa protagonista Kat é uma azarada com todos os homens que já teve algum relacionamento. Ela se apaixona muito fácil e os caras acabam indo embora logo depois, deixando a tarefa de juntar os cacos de Kat para Nav, o vizinho lindo (gostoso, yuhuu, tudo de bom) e fotógrafo. Eles se conhecem já há algum tempo, e Nav é o melhor amigo que Kat poderia querer. Eles se dão muito bem, vivem um no apartamento do outro, dividem algumas confidências. Mas Kat não sabe que Nav é apaixonado por ela, desde o dia que se mudou para o mesmo prédio da moça, e que ele vem de uma família muito rica e preocupada com os costumes indianos. Ele fugiu da obrigação de ficar à frente da empresa da família para seguir sua verdadeira paixão, a fotografia.
Só que Nav está “cansando” de esperar Kat perceber o quanto ele a deseja, e Kat sabe que o vizinho é maravilhoso, mas ele não “atende seus padrões” de como deveria se vestir. Ela acha que ele deveria tirar a barba, por exemplo, e a “fama” de garanhão que ela mesma deu para o rapaz, por nunca ficar mais do que poucos meses com a mesma mulher, pesa negativamente para Nav.
A chance de finalmente conquistá-la surge quando a irmã caçula de Kat anuncia um casamento às pressas com seu namorado de sempre. Kat vai viajar para ficar com sua família (seus pais e mais três irmãs), e fica tensa com a perspectiva dessa reunião, já que ela tem algumas questões pendentes com todos eles. Para não ficar sozinha em um ambiente tão “hostil” Kat convida Nav para ser seu par no casamento, fingindo que é seu namorado, de forma a não ter problemas com as irmãs.
Kat não gosta de viajar de avião, portanto vai cruzar o Canadá de trem (que eu acho muito maneiro! Sempre tive curiosidade desses trens de viagens longas.) e diz a Nav que é uma das coisas que mais gosta de fazer, pois consegue sempre conhecer novas pessoas nos 3-4 dias de viagem. É quando Nav tem a ideia mais louca. Se Kat que conhecer pessoas novas, porque ele não pode ser uma nova pessoa para a mulher que ama, e assim, finalmente conquistá-la.
Achei ao mesmo tempo empolgante e doida essa ideia do Nav, de assumir diferentes “personalidades” para criar um jogo sexy de conquista com Kat. E ela é meio doidinha de entrar na onda e tentar se convencer o tempo todo que “o cara que está aqui comigo agora não é o Nav”. Na cabeça dela, se ela assumir que os dois “homens” que ela conheceu na viagem são seu melhor amigo, ela vai perder a melhor companhia e a pessoa com quem mais gosta de passar o tempo, para satisfazer a curiosidade de seu corpo pelos jogos que Nav cria.
Sério, os dois juntos é explosivo! <abana> Nos três dias de trem, eles se pegavam todos os dias, mais de uma vez por dia! Haja fôlego, e haja kamasutra também. Se vocês lerem vão entender. XD Acompanhar a história dos dois foi muito divertido e excitante. Susan Fox escreve com maestria, e não apela só para cenas de sexo tórrido, que são bem descritas e construídas. Existe também a evolução de Kat e Nav, da descoberta não só da paixão avassaladora que sentem um pelo outro, mas também como Kat avança em uma jornada de auto-conhecimento, não só com seu melhor amigo, mas de sua própria família.
O que eu mais gostei foi a forma como Susan Fox criou sua narrativa, alternando os capítulos entre os POVs de Kat e Nav. Quando Kat está contando a história, ouvimos tudo em primeira pessoa, seus pensamentos sobre o que está acontecendo e o que está sentindo com suas descobertas. Mas quando Nav está à frente, a história passa para a terceira pessoa, e fiquei com a sensação de que passa a ser mais descritiva de situações do que dos sentimentos do Nav.
Delicioso e excitante, recomendo muito De repente, o amor, e estou louca para ler os outros três livros da série. O interessante é que em cada livro a autora aborda um meio de transporte. Aqui são os trens, depois teremos, avião, carro e navio, cada um o “veículo do amor” (ô coisa brega! XD) de uma das irmãs de Kat. Vale comentar que li o livro em um dia, então acreditem quando digo, não percam, de verdade!
Até a próxima! o/
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7 Comentários
Foi uma surpresa ver o livro aqui, porque ontem mesmo eu estava pesquisando sobre essa série na interenet! Fiquei super interessada nos livros, e coloquei na listinha. Não li nada ada autora ainda, e mesmo que ultimamente esse estilo literário tenha surgido bastante eu curto e já vi que a Susan tem uma coisa na escrita dela que te prende até a última página e como você disse ainda deseja que tivesse mais!
Se vir que gosto, logo compro! (:
[…] Li alguns hots durante o ano, mas com certeza, De repente, o amor foi meu favorito. Descritivo na medida certa, romântico, leve e engraçado. A autora construiu personagens carismáticos e interessantes, deu um bom background para os dois de forma a tornar sua história de amor de três dias plausível. Foi uma das descobertas do ano. Leia a resenha! […]
[…] minha opinião sobre o design do livro que falei na primeira resenha, mas quero adicionar que dos quatro livros da série o casal desta capa é o que eu mais […]
[…] A Única me enviou um exemplar de De repente, o amor que, assim como Juliette, foi devidamente “destruído” em um dia e também já tem resenha no blog. […]
“E que livro, me abana, por favor!”
Opa, eu gosto disso, hein? Se for convincente…
Eu até acredito que exista amizade mulher x homem, mas NEH? A esse nível, forçou a amizade XD Viver um no apê do outro IA dar merdinha XD
Adoro narrativa com pontos de vista alternados! Vc me deu uma empolgada para pegá-lo logo para ler! \o/ Huehuehue…veículo do amor ficou brega mesmo XD
Beijocas!
Hahaha Fiquei curiosa para ler esse livro! Parece ter um toque de Bella André nele rsrs
Gosto de ter uns livros desse estilo na minha coleção de “para ler” no Kindle xD
Oi Ize! Da Bella Andre só li um conto que peguei “de grátis” na Amazon e ele foi muito mais leve nas situações sexuais do que o livro da Susan Fox. Não sei se as histórias completas dos irmãos Sullivan são mais quentes e descritivas mas, do pouquíssimo que li da Andre, a Fox dá de lavada. ^.~