luxúria
lua de papel / leya
série luxúria #1
256 páginas | 2012
Quando achava que era hora de parar… Ela então pediu por mais… Quando Dylan Ivory, escritora de romances eróticos, recebe o contato de Alec Walker, nem imagina o quanto esse homem pode mexer com seus pensamentos. Conhecido por ser um famoso dominador em relações sadistas e sadomasoquistas, Alec tenta convencer Dylan de que a melhor forma de se aprofundar no assunto – e então escrever um livro o mais próximo possível da realidade – é viver uma experiência como submissa e sentir na pele a sensação desse tipo de relação. Para Dylan, essa proposta será difícil de ser aceita – uma vez que ela é fanática por ter o controle de tudo em sua vida. Embalados por um misto de prazer e apreensão, o casal se vê em uma situação tentadora enquanto evitam entregarem-se ao sentimento que nasce entre eles.
Design
Me surpreendi com a capa metalizada em azul. Nas releases da internet nem dava para imaginar que seria assim. A imagem da capa é muito bonita, com este espartilho/corset rendado. O desenho da renda inclusive é replicado nas duas orelhas aonde o metalizado é ainda mais visível. Pena que a textura não foi aplicada também na lombada.
Que inclusive foi bem trabalhada e vem com a anotação de “volume 1”. Quem guarda na estante vai agradecer na hora de organizar, e fica mais fácil na hora de ir comprar os volumes seguintes.
Pontos para a Lua de Papel por colocar um aviso na quarta-capa informando que o livro tem “conteúdo adulto”! \o/
O miolo segue a qualidade que a Lua de Papel vem apresentando em seus livros. A imagem da capa se repete na folha de rosto em tons de cinza criando uma unidade com o verso da capa, que ganhou uma chapada brilhante em preto. Uma mancha espaçosa e bonita, com uso de uma fonte um tanto grande. Capítulos que abrem sempre nas páginas ímpares, numerados e com um grafismo delicado.
Preciso confessar que gostei do cabeçalho, onde o nome do livro e da autora está escrito, bem colocado alinhado externamente junto com os números de páginas. Normalmente são colocados centralizados.
Com pouquinhos erros de revisão é um projeto bem bonito.
História
Começo dizendo que esse livro precisou de duas notas para história. Simplesmente porque depende do que você procura quando pensa em lê-lo. Se você gosta de uma história mais desenvolvida e personagens interessantes, a nota é 2.5; mas se você quer uma experiência de leitura envolvida basicamente em relacionamento sexual, aí a nota já vai para 4 ou 4.5.
Confesso que fui sem nenhuma expectativa para a leitura. A única coisa que eu sabia era que Luxúria foi o investimento da Leya nessa onda de literatura erótica que está na moda. Isso significa relacionamentos adultos “complexos”.
Estou em falta com o blog porque ainda não adquiri Cinquenta Tons de Cinza, que meio que foi/é o pivot de toda essa vibe erótica envolvendo o universo literário. Então tudo o que sei é o que falam (mal) deste livro. (Fora a Babi Lorentz, que gostou. Prefiro a opinião dela neste caso.) Portanto, fora a série Irmandade da Adaga Negra, esta foi minha primeira incursão na literatura erótica. Uma coisa que fiquei com vontade de fazer, depois da leitura, foi ir até uma banca de jornal e comprar um daqueles livros da Harlequin (Paixão, Desejo, etc.) e comparar com esses livros “de elite”. Tenho para mim que é a mesma coisa, com uma cara mais bonita…
Pois então. Luxúria. Fui procurar o significado da palavra para saber se o que eu entendia/achava de luxúria estava correto. Além de ser considerada um pecado capital pela doutrina católica, ela pode ser entendida como “deixar-se dominar pelas paixões”. Dentro do conceito de luxúria existem algumas ramificações, e no livro estão presentes o sadismo (ato de sentir prazer ao infringir dor) e o masoquismo (ato de sentir prazer ao sofrer dor).
A personagem principal, Dylan Ivory, é autora de livros eróticos (metalinguagem?) e em seu próximo romance ela pretende tratar de um relacionamento dominador/submisso. Para tanto, ela decide fazer pesquisa de campo com Alec Walker, um famoso dominador de Seattle. O problema para Dylan será vencer suas barreiras, proteções e controles para se entregar à este homem.
Posso dizer que o livro é 90% sexo. O que sobra é um pouco de construção dos personagens e contextualização do que é o relacionamento entre um dominador e seu submisso. Mas não tem uma história profunda. Às vezes fiquei com a sensação que o texto escrito entre as cenas de sexo eram só para dar um descanso para o leitor. Porque os personagens são inacreditavelmente insaciáveis! E o sexo é descritivo, desde o segundo até o último capítulo.
Portanto, daí vem minha explicação para as duas notas. Se você quer um leitura profunda com desenvolvimento de uma trama e de personagens complexos, Luxúria não é para você. No entanto, se você procura uma leitura sexy, descritiva e relativamente rápida, mergulhe fundo que este é um ótimo livro.
Só não entendi porque é uma série, porque para mim, a história se fecha na última página.
E para os curiosos, eu fico com a nota mais alta. Me diverti bastante lendo Luxúria. ;)
Até a próxima! o/
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5 Comentários
[…] com a continuação de Luxúria, um dos lançamentos eróticos do ano passado e com resenha aqui, agora em janeiro! Será que a capa vai ser metalizada em vermelho, como Luxúria era em azul? […]
Acabei de ler uma resenha falando “mal” do livro… Gostei mais da sua… Concordo que depende mto do que procuramos em um livro: profundidade ou entretenimento. Vou dar uma chance a esse, já que não me apaixonei por Cinquenta Tons como a maioria (?)…
Beijos,
Nica
Oi Nica! Obrigada pelo elogio! m(__)m
Eu acho que essa onda erótica é muito complicada, não é? Talvez as editoras estejam investindo “errado” no tipo de histórias que estão trazendo. Usando a terminologia é como se a gente estivesse tendo acesso primeiro ao “hardcore” sem ter passado pelo “softcore”, levando em consideração que a Rocco trouxe a série da Bela Adormecida da Anne Rice, que é bem pesada.
Acredito que toda essa literatura tenha que ser interpretada somente como entretenimento mesmo. Não acho que vamos encontrar uma coisa mais profunda que uma gota em um pires. XD
Beijos, e obrigada pela visita.
Depois de 50 Tons de Cinza o mercado literário nunca mais foi o mesmo, provocou uma reviravolta que trouxe vários livros para seguirem a mesma moda de romances eróticos, ainda não li Luxúria mas pela resenha fiquei com vontade de ler, realmente a capa do livro é bem chamativa.
HAHHAHA!! Muito bom vc ter dado duas notas, Samara! XD
“Tenho para mim que é a mesma coisa, com uma cara mais bonita…” –> sobre os eróticos de elite x eróticos de banca. Não é SÓ pra vc isso, é exatamente assim, rsrsrs.
Grande beijo!