bate papo

Semana Especial AMQRL – Livros que mudaram minha vida

21 nov 2018

Então, sou dessas que gosta de participar dos eventinhos que a editora convoca, mas que escreve o nome da semana especial errado… Mas vai.

Segunda eu fiz umas sugestões de livros que tinham a temática de crianças e guerras. Continuando a Semana Especial “A Menina que Roubava Livros” (AMQRL), hoje vou tentar dividir um pouco com você sobre os livros que mudaram minha vida.

Vamos começar dizendo que “mudar a vida” de alguém é uma parada muito forte. Ou então minha expectativa do que é “mudar a vida” é algo muito extremo. Do tipo que realmente abala a pessoa a ponto de ela precisar repensar valores, crenças, ideias… coisas assim.

Livros são pontos fortes na história de Markus Zusak, tanto até que estão no título do livro. E eu já li resenhas e opiniões de pessoas que sim, foram muito impactadas pela história de Liesel.

Acho que não tenho nada que seja do “meu” nível de “mudar a vida”, mas tenho sim alguns livros que são extremamente importantes pra mim.

Em 2013 eu cheguei a fazer duas postagens aqui no blog falando sobre a importância dos livros pra mim, e três livros que mudaram minha vida. Nada mais justo que agora, cinco anos depois, eu avalie se ainda concordo com que eu escrevi no passado.

Mas ao invés de três livros, vamos de cinco, porque eu gosto mais.

Os 5 livros mais importante pra mim

  • a marca de uma lágrima - pedro bandeira
  • a senhora da magia - marion zimmer bradley
  • a bússola de ouro - philip pullman

Preciso concordar com meu eu de cinco anos atrás e ainda achar que esses três livros foram realmente importantes pra mim.

A Marca de uma Lágrima foi um dos primeiros livros do Pedro Bandeira que eu li. Acho que primeiro li A Droga da Obediência, que foi o que marcou o nome do autor pra mim e me fez querer ler tudo dele.

Lembro de como eu destruí meu exemplar de A Marca. A ponto das folhas soltarem da lombada. Isabel foi minha companheira em todas as vezes que reli sua história, e eu sempre ficava triste e chorava nas mesmas partes.

Ah, a adolescência… Aquele período terrível que parece que nunca vai terminar.

Mas de qualquer forma, eu lembro de ser um dos primeiros livros que eu ativamente busquei e quis ler. Não era um daqueles obrigatórios da escola.

Ainda não lembro como descobri a tetralogia dAs Brumas de Avalon, mas foram quatro livros que eu reli algumas vezes. Alguns mais que outros, porque eu lembro de uma barriga meio longa em um deles.

Eu achava maravilhoso esse universo das sacerdotisas que viviam reclusas na ilha mágica de Avalon. E o foco da história ser em Morgana e não em Artur também foi uma “quebra de paradigma” pra mim na época.

As Brumas alimentaram demais minha jovem mente, me estimulando a escrever até “fanfic” lá pelos meus 16 anos. Acho que guardo essa “coisa” de que poderia investir em ser escritora por conta dessa história inacabada, envolvida pela magia de Bradley.

Os livros também foram importantes para marcar na minha mente o nome da autora e me permitir encontrar a série Darkover de space opera/sci-fi. <3

Esse ano separei um tempinho para reler a trilogia Fronteiras do Universo. Philip Pullman surgiu não sei de onde na minha vida e virou uma companhia eterna. Lyra e Will são dois personagens maravilhosos e que ainda hoje eu acho extremamente bem desenvolvidos e construídos.

Lembro que A Bússola de Ouro foi minha primeira aproximação de uma história que ativamente criticava e questionava questões religiosas. E FOI MARAVILHOSO. Ver perguntas que eu tinha serem feitas pelos personagens do livro que eu estava lendo era reconfortante.


  • o ladrão de raios - rick riordan
  • a hora das bruxas - anne rice

Já comentei um zilhão de vezes em diversos posts do blog sobre o quanto eu sou apaixonada por mitologia grega. Ler a série do Percy Jackson foi como se todos os meus sonhos de histórias do deuses tivessem se materializado em cinco pequenos livros lançados pela Intrínseca.

Para muitas pessoas Harry Potter foi o símbolo de suas infâncias e juventudes, mas tanto ele quanto Percy só chegaram quando eu já era uma jovem adulta. E entre os dois foi Percy que realmente conquistou meu coração.

Não tiro o valor que Harry tem, mas o cabeça de alga e todos os outros personagens do Acampamento Meio-Sangue são muito mais importantes e marcantes na minha vida. E ainda é um prazer descobrir novos deuses que Riordan vai desencavando em suas séries derivadas de seu primeiro sucesso. <3

Depois de Marion Zimmer Bradley, eu conheci uma dama um pouco mais sombria ainda na minha juventude. Lembro que com uns 18 anos ganhei comprei meus primeiros livros realmente adultos.

Fui com meus pais na bienal de 1999 (essas datas podem estar completamente erradas, mas respeitem a memória dessa jovem senhora), e no stand da Rocco lá estavam os livros de Anne Rice.

Hoje em dia ainda me pergunto como meus pais não se preocuparam em comprar os livros das Bruxas Mayfair pra mim na época. Mesmo com 18 anos, na época eu não era nem um pouco madura para ler os livros de Anne Rice. :P

Eu lembro de levar o livro comigo para o colégio, esconder ele aberto no vão da carteira e passar o tempo lendo ao invés de prestar atenção nas aulas. E olha que era meu último ano do ensino médio e eu tinha vestibular pra fazer!

Bruxas Mayfair abriram um campo do sobrenatural e do suspense que só Anne Rice é capaz de escrever. Foram a porta de entrada para toda a série das crônicas vampirescas e do meu amor por Lestat.

Menções Honrosas

  • the kiss of deception - mary e. pearson
  • crepúsculo - stephenie meyer

Assim como Marion Zimmer Bradley me mostrou como um conto medieval poderia ter um viés feminista há tantos anos atrás, Mary E. Pearson reforçou como uma boa fantasia medieval pode ter personagens femininas fortes e sensíveis.

Depois de anos acompanhando a jornada do herói de vários protagonistas masculinos, ler a trilogia Crônicas de Amor e Ódio trouxe um certo respiro e novos ares para um gênero que eu amo. E ver que existem histórias que podem ser tão deliciosas e envolventes como a de Lia e Raphe é extremamente importante em tempos de representatividade.

E aí agora eu perdi todo o respeito que poderia ter conseguido durante esse post. Como assim eu coloco Anne Rice e Stephenie Meyer na mesma lista?!

Sacrilégio! Loucura! Profanação com o mito do vampiro!

Tá, senta lá.

Crepúsculo surgiu em um momento em que eu começava a ganhar independência profissional e financeira, e que pude começar a comprar os livros com meu próprio dinheirinho. Então eu tinha que ter responsabilidade em onde eu estava gastando meus poucos reais.

E assim… eu sempre demorei um pouco pra amadurecer em alguns sentidos. Fui (talvez ainda seja) um pouco romântica, e provavelmente encontrei em Bella Swan aquilo que a pequena Samara foi criada para almejar como exemplo de amor.

Se você parar para analisar o livro hoje em dia, capaz de encontrar um monte de problemas no relacionamento do casal protagonista. Mas para a jovem Samara foi uma história importante que marcou um momento de crescimento na minha vida.


E você? Quais livros foram marcantes na sua vida?

O livro do Zusak chegou hoje! Será que dá tempo de ler para fazer uma resenha para a semana? O.o

Até a próxima! o/

*compras feitas através dos links deste post geram uma pequena comissão ao blog ^.~

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