resenha

Salva por um Cavalheiro – Stephanie Laurens

20 mar 2017
Informações

Salva por um Cavalheiro

Stephanie Laurens

harpercollins brasil

série Irmãs Cynsters #2

352 páginas | 2017

3.5

Design 3.5

História 3.5

16

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Londres, 1829.

Impetuosamente sequestrada do baile de noivado de sua irmã Heather Cynster com o Visconde Breckenridge, Eliza desperta em um coche estranho a caminho de Edimburgo… Após passar 3 dias e 3 noites sedada, ela fará de tudo para escapar — nem que precise fingir estar desacordada para enganar seus algozes ao longo do percurso.

Enquanto percorre os prados escoceses pensando em pergaminhos a serem decifrados e em uma esposa com quem possa compartilhar a vida, o erudito Jeremy Carling é pego de surpresa ao ver uma mulher gritando desesperada de dentro de um coche. Parecia alguma conhecida… Alguém a quem fora apresentado em um salão londrino… Mais precisamente… Eliza Cynster!

Apesar de não ser nenhum herói, e sim um especialista em hieróglifos de grande prestígio, seu código de cavalheiro jamais permitiria ignorar uma dama aflita! Mas o perigo os espreita sorrateiramente na forma de um lorde misterioso que insiste em se apoderar de uma das irmãs Cynster. Um confronto à beira do penhasco colocaria um ponto final aos ardis do vilão oculto? Ou seria o momento certo para Eliza e Jeremy ousarem assumir um amor que nasceu em meio a tantos percalços?

Em “Salva Por Um Cavalheiro”, Stephanie Laurens presenteia seus leitores com a apaixonante história de Eliza, a segunda irmã Cynster, e Jeremy. Ao longo das estradas, vales e montanhas que ligam Edimburgo a Londres, a autora desenvolve uma narrativa audaciosa com personagens sedutores em uma trama de mistério capaz de prender a atenção até a última página.

Design

Já falei sobre o projeto gráfico do primeiro livro, e consequentemente da série das Cynsters, e você pode dar uma olhada na resenha de Conquistada por um Visconde.

Fora a mudança no padrão cromático da capa, que agora é de tons de rosa, só quero deixar claro que a representação de Eliza Cynster está muito equivocada. Ao longo da história é dito diversas vezes que ela tem cabelos dourados. A irmã ruiva é a Angélica. ^.~


História

Olha… eu realmente estou confusa com Salva por um Cavalheiro. E essa confusão atrapalhou um pouco sobre como eu daria uma nota final para o livro. Pra poder explicar tudo talvez eu acabe contando um ou outro spoiler, então se você não gosta ou é sensível quanto a saber informações da história, volte depois que ler os livros, tá?

Nesse segundo livro tive um pouco mais de facilidade para entrar no clima do estilo rebuscado de Stephanie Laurens, provavelmente porque já sabia o que me aguardava. O problema aqui é que eu me senti lendo Conquistada por um Visconde todo de novo, só que agora com protagonistas diferentes. A estrutura da história é COMPLETAMENTE IGUAL entre os dois livros. I-GUAL!

As jovens são sequestradas, o herói aparece pra ajudá-las, eles passam a ser perseguidos pelos sequestradores, eles fogem à pé pelas estradas que ligam a Escócia à Inglaterra, McKinsey – o aristocrata das terras altas – tem “monólogos” para explicar sua situação e o quanto ele é honrado, o casal se apaixona e decide se permitir experimentar os “sabores” da luxúria carnal (e inclusive fazem praticamente tudo igual), acontece uma perseguição mais empolgante, o mocinho se machuca, e os dois ficam enrolando pra dizer que se amam e que querem ficar juntos por conta deste amor, e não por uma obrigação moral e social.

Perdoem a “baixaria”, mas até mesmo a desculpa para criar uma cena de sexo em que a mulher fique por cima é a mesma… Sério?! Faltou criatividade pra construir uma história diferente? Ter um plot básico de que o McKinsey precisa de uma irmã Cynster é a justificativa para usar até a exaustão uma mesma narrativa, com sutis diferenças nas personagens ou em certas situações?

Entendem porque é um pouco difícil de chegar a uma conclusão quanto a nota do livro? Se eu fosse levar em consideração essa questão da falta de criatividade da autora, provavelmente eu daria 1 ou 1.5 estrelas. Mas, sei lá… Apesar de tudo, eu gostei de Eliza e Jeremy, eles foram personagens “bonitinhos” ao longo da história. talvez por isso eu preferi repetir a nota do primeiro livro, já que eles são estruturalmente iguais. Mas fica anotada minha insatisfação.

Eliza é considerada a Cynster mais tranquila, porque não gosta de aventuras e prefere tocar piano e harpa, além de adorar bordar. Já Jeremy é o cavalheiro erudito, não tira o nariz dos livros e é apaixonado por estudos das línguas antigas, principalmente o sumério. Provavelmente eles foram feitos um para o outro, mas nunca se deram conta porque Eliza procurava um herói e Jeremy queria uma mulher complacente dentro de casa.

Acontece que o sequestro de Eliza e o tempo que ela e Jeremy precisam passar juntos acaba fazendo com que amadureçam e encontrem um no outro exatamente o que precisavam para serem felizes. Obviamente os dois são muito bons em fazer tudo o que precisa ser feito ao longo de toda a aventura. A jovem caseira descobre que, fora cavalgar, ela é boa em longas caminhadas, em se fingir de menino e escaladas. Enquanto que Jeremy descobre seu lado protetor e “guerreiro” para defender Eliza.

Minha única questão com esses casais é: porque quando eles voltam para a sociedade parece que eles ficam burros e não conseguem se comunicar mais? Enquanto estavam só os dois correndo o perigo da estrada e aproveitando os lugares seguros para “dar uns pegas” eles super se entendem e se comunicam. Mas quando reencontram suas famílias parece que eles esquecem como era ser um casal e não sabem mais como expressar seus sentimentos…

No fim das contas, o nosso vilão McKinsey só tem se mostrado como um cupido para as irmãs Cynster e um completo incompetente quanto a conseguir o que precisa para salvar seu clã. Já é a segunda irmã que ele perde porque acha que a forma correta é colocar a responsabilidade em outros para sequestrar as jovens.

Na verdade o que McKinsey deveria ter feito era: pegado seu cavalo Hércules, ido até a casa dos Cynster mais próxima e apresentado seu problema. “Olha, eu tenho uma mãe má, muito má, que pode destruir o patrimônio criado por meus ancestrais. Para evitar que isso aconteça, minha mãe controladora e maluca quer acabar com a honra das mulheres Cynsters. Preciso da ajuda de vocês para evitar que ela consiga atingir seus objetivos. Partiu?”

Mas sei lá… vai ver que é mais fácil repetir a mesma fórmula em dois livros diferentes para tentar convencer o leitor? Assim, ainda falta o livro de Angélica e provavelmente agora McKinsey vai finalmente tomar a responsabilidade para si, de fazer as coisas certas para resolver seu problema com a mãe… Pelo menos eu espero que sim.


Outras resenhas da série

  • conquistada por um visconde - stephanie laurens
  • raptada por um conde - stephanie laurens

Até a próxima! o/

(Este livro foi cedido pela editora HarperCollins para resenha e divulgação no blog)

Onde comprar: Amazon (compras feitas através do link geram uma pequena comissão ao blog ^.~)

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2 Comentários

  • Responder Talita 24 maio 2017 at 15:03

    EU ADOREI SUA RESENHA!!!
    A Stephanie tem esse problema com enredos, Ela usa basicamente a mesma “fórmula”. Mesmo assim é bom de ler, como uma comédia romântica que a gente vê numa sexta à tarde

    • Responder Samara Maima 24 maio 2017 at 18:46

      Oi Talita! Que legal que você curtiu a resenha! :D
      Não tenho nada contra fórmulas, já que o Rick Riordan só escreve “a mesma história” sempre também. No meu caso acho que foi culpa de ter lido um livro seguido do outro. Se tivesse dado um espaço talvez não sentisse tanto o quanto as tramas eram similares.
      De qualquer forma, se tiver oportunidade de ler outros livros da autora não vou deixar que isso me incomode. ;)

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