resenha

Ligeiramente Escandalosos – Mary Balogh

27 maio 2016
Informações

ligeiramente escandalosos

mary balogh

arqueiro

série os bedwyn #3

288 páginas | 2015

3.75

Design 4

História 3.5

Freyja Bedwyn é uma mulher diferente das outras damas da alta sociedade: impetuosa e decidida, ela preza a independência e a liberdade acima de qualquer coisa até mesmo do amor.

Até que o destino lhe apresenta Joshua Moore, o marquês de Hallmare, um homem cheio de charme e mistério, dono de uma beleza estonteante e de uma reputação terrível. Quando ambos se encontram a caminho da pacata cidade de Bath, a química entre os dois é imediata.

Entre encontros e desencontros, conflitos e provocações, Joshua faz uma proposta inusitada: pede que Freyja finja ser sua noiva, para evitar que uma artimanha de sua tia o leve a se casar com a própria prima.

Para uma dupla que acha graça das convenções sociais, esta parece ser a oportunidade perfeita para se divertir. Mas a brincadeira acaba trazendo consequências inesperadas. Aos poucos, suas máscaras vão caindo e ambos se revelam pessoas bem diferentes do que aparentam.

Neste terceiro livro da série Os Bedwyns, Mary Balogh se aprofunda ainda mais nos segredos e desejos dessa família incomum e extremamente sensual.

Design

Fiquei tão encantada com a capa de Ligeiramente Maliciosos que queria que todos os livros da série tivessem a mesma ambientação, composição e iluminação. Só que não rolou muito. Aqui em Ligeiramente Escandalosos já temos uma mudança bem marcante na iluminação com uma área de sombra pronunciada no rosto da modelo, e o ar “diáfano” que o desfocado dava na capa anterior nem aparece por aqui.

A pose da modelo até tem a intenção de ser “escandalosa”, como o título do livro afirma, mas não sei bem se é a proximidade da “câmera” ou alguma outra coisa que não consigo definir bem, não tem o mesmo efeito que a anterior.

Obviamente, em se tratando de um série, é ótimo que os padrões estão sendo respeitados/mantidos, mas é engraçado ver como o bloco de título/autora se moveu entre os três primeiros livros, fazendo com que Maliciosos seja o que está fora do padrão… Ainda acho estranho a combinação de cores entre o título e o nome da autora, mas de resto, já tinha comentado como gostei da mistura de fontes.

Como sempre, o miolo é o padrão da Arqueiro, sem nenhuma diferenciação no projeto gráfico, correto, legível e com fontes grandes. Sem novidades.


História

Sabem o que é engraçado? Fui reler a primeira resenha que fiz de um livro de Mary Balogh, para entrar no clima e relembrar o que eu achei de Ligeiramente Maliciosos. E minha resenha é tão romântica e yuhuu o amor, e como o livro foi fofo e tudo de bom.

Só que assim, comparando com toda essa empolgação que tive no primeiro livro, minha reação foi até um pouco fria com a leitura de Ligeiramente Escandalosos. Tanto que achei mais interessante diminuir em 1 ponto a nota que eu tinha dado originalmente ao livro assim que terminei.

Não me entendam mal, todo o estilo romântico de Mary Balogh está transbordando em Ligeiramente Escandalosos, mas acho que os personagens talvez não tenham me envolvido tanto, ou a história de Freyja e Joshua não tenha sido tão empolgante.

De certa forma, pelos dois já serem de uma mesma hierarquia social você já perde bastante daquela tensão de romance proibido. Então Mary Balogh coloca dois personagens com personalidades extremamente fortes para se baterem de frente e ao mesmo tempo se divertirem juntos.

Se você é uma dama da sociedade com um temperamento irascível, encontrar um cavalheiro que consiga acompanhar e incentivar suas loucuras não é nada mal, certo?

Acontece que eu talvez não goste tanto quando uma personagem feminina é tão reativa, agressiva e que sua independência se torne um escudo de frieza e antipatia. E acho que senti um pouco disso em Freyja.

O interessante aqui é que além de uma personalidade forte, Mary Balogh descreve Freyja como uma moça que não é considerada uma beldade pela sociedade, e isso, mesmo que subconscientemente, afeta um pouco nossa mocinha. Porque ela acredita que nenhum homem vai se interessar por uma jovem feia e impulsiva. Afinal ela já passou da idade de casar, perdeu um noivo e foi rejeitada por outro…

Joshua é o típico homem de romances de época: desinteressado e que foge de suas responsabilidades, até que sua tia, para proteger seu status, insiste em um casamento entre ele e sua filha, que é sua prima. :P A saída é fazer uma proposta a Freyja, por quem já tem algum interesse e que é um desafio, para ajudá-lo a fugir das armações da tia.

O resto da história é o crescimento do interesse de Joshua e Freyja. Desde a forma como se conheceram, até cada um descobrir “segredos” do passado um do outro, e o romance e o desejo começarem a se tornar uma constante na vida deles.

Apesar de ainda não ter lido o primeiro livro da série, foi bom ver a participação dos outros Bedwyns na história, e inclusive o quão próximos e cheios de amor fraterno eles são.

No arco final, quando Joshua é obrigado a voltar à casa de sua família, somos apresentados às suas primas e à comunidade que vive no entorno da mansão, e Mary Balogh coloca um mistério para ser resolvido pelos personagens e uma certa intriga sobre a paternidade de uma criança. Nesse momento a história ganhou uma dinâmica a mais, que foge um pouco da tensão e indecisão de Joshua e Freyja. Mas é de um romance de época que estamos falando, então podem contar com um HEA* aqui. ^.~

Ainda gosto muito do estilo da autora e vou procurar pelos próximos livros. Mas comparando com o casal do segundo volume, realmente Joshua & Freyja ficaram me devendo.

*HEA > happy ever after


Até a próxima! o/

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