resenha

Era uma vez no outono – Lisa Kleypas

24 mar 2016
Informações

era uma vez no outono

lisa kleypas

arqueiro

série as quatro estações do amor #2

288 páginas | 2016

3.75

Design 3

História 4.5

A jovem e obstinada Lillian Bowman sai dos Estados Unidos em busca de um marido da aristocracia londrina. Contudo nenhum homem parece capaz de fazê-la perder a cabeça. Exceto, talvez, Marcus Marsden, o arrogante lorde Westcliff, que ela despreza mais do que a qualquer outra pessoa.

Marcus é o típico britânico reservado e controlado. Mas algo na audaciosa Lillian faz com que ele saia de si. Os dois simplesmente não conseguem parar de brigar.

Então, numa tarde de outono, um encontro inesperado faz Lillian perceber que, sob a fachada de austeridade, há o homem apaixonado com que sempre sonhou. Mas será que um conde vai desafiar as convenções sociais a ponto de propor casamento a uma moça tão inapropriada?

Design

Já falei do projeto gráfico da série no primeiro livro, Segredos de uma noite de Verão, e minhas “previsões” aparentemente se confirmaram. A diferença aqui é o padrão de cor “outonal” com esse tom de tijolo e creme brulee. ^-^


História

Aeee! Lisa Kleypas está de volta do jeito que eu gosto! Se ela ficou me devendo no primeiro livro da série, agora ela conseguiu melhorar, e muito, meu interesse pelas Wallflowers. Não entendi muito bem porque traduziram o nome do grupo das quatro jovens como Flores Secas. Tudo bem que “trepadeiras” não ficaria muito bom, mas o nome original faz alusão à hera, aquela planta que fica sozinha e “largada” na parede… como as jovens antes de se juntarem na força tarefa de “caça maridos”.

Mas, bem… ¯\_(ツ)_/¯

Fiquei tentando entender porque o primeiro livro foi meio que um desastre em relação a Era uma vez no Outono. O principal problema aqui é que eu não lembro de um fator crucial sobre os PoVs de Segredos de uma noite de Verão… Eu ACHO que lá Annabelle era a única responsável por contar sua história, não havia uma alternância entre ela e Simon (não estou com meu livro acessível para confirmar =/). Já aqui, Lillian e Marcus estão sempre contando um pouco da narrativa, se alternando em mostrar o quanto amam se odiar.

E isso cria dinâmica e ritmo, que eu senti falta no primeiro livro. Tudo bem, lá Lisa Kleypas meio que tinha que criar todo o contexto das debutantes encalhadas, de certa forma apresentar as quatro personagens para que o leitor conhecesse suas personalidades, e ainda envolver tudo no romance de Annabelle e Simon. Mas, ó… foi lento.

Era uma vez no Outono não tem essa responsabilidade. Você já conhece as meninas, já sabe que elas estão atrás de marido, só precisa se preocupar com a personagem da vez. E Lillian é muito mais interessante que Annabelle. #malaí ^-^

A americana foi arrastada para Inglaterra pelos pais, “novos ricos” que querem um título para a família. A melhor forma é procurar os aristocratas que podem estar “necessitados” de fortuna em troca de um casamento. O problema é que Lillian e sua irmã Daisy são incontroláveis e nunca poderiam ser consideradas damas, como a sociedade inglesa desejaria, e até de certa forma, impõe.

Lillian é impulsiva, irritadiça, não gosta de ser contrariada nem desafiada.

Marty McFly - nobody calls me chicken Marty McFly - nobody calls me chickenMarty McFly - nobody calls me chicken Marty McFly – Ninguém me chama de franguinho! :P

Ela é tudo aquilo que Marcus, conde Westcliff menos deseja como esposa. Mas né… a gente não controla o coração…

A dinâmica dos dois é intensa e muito sensual. A ideia de que Lilian possa inconscientemente ter usado uma poção do amor em Marcus e feito o conde se interessar por ela a irrita, ao mesmo tempo que a excita. Enquanto Marcus luta contra a força do seu desejo pela americana inadequada, a jovem também sofre com o mesmo sentimento de não aceitação.

Marcus é dominador e intenso, uma fonte constante de irritação para Lillian que odeia ser controlada. Ver como os dois começam a entender a forma que precisam ceder para se relacionar é muito bonito. É um pouco sofrido também, ver como os dois são tão cabeça dura a ponto de quase não ficarem juntos.

Fiquei um pouco preocupada que Lisa Kleypas acabasse apelando para a construção de um triângulo amoroso, mas a forma como ela evoluiu a história a partir dessa insinuação foi muito mais interessante e empolgante! Aqui ela manteve a “técnica” de um plot twitst no final da história para criar uma tensão para os personagens, e foi muito bom! Não que não fosse previsível, eu vi chegar bem antes, principalmente porque a autora define muito bem quem são os personagens “bons” e “maus” das suas histórias. Mas mesmo assim, uma mudança no ritmo e na intenção dos personagens foi muito bem-vinda.

A única coisa que me incomodou um pouco foi que, no prólogo, Lillian tem toda uma construção de ser uma especialista em aromas, praticamente uma perfumista nata. Tanto até que ela acha que o interesse de Westcliff por ela é só por conta do perfume que criou. Mas a autora meio que deixa isso para lá no desenvolver da história e eu achei que podia ter sido utilizado de alguma forma. De ela querer ter sua própria loja de perfumes, e chocar ainda mais a sociedade londrina e sua mãe chata… =/

Então, sim! Muitas estrelas para Era uma vez no Outono, que conseguiu reacender minha paixão pela autora e finalmente me envolver na série! O melhor de tudo é o final praticamente cliffhanger que me deixou LOUCA pelo próximo livro que vai acompanhar a doce, tímida e belíssima Evie. Quero AGARA! A-GA-RA!!


Até a próxima! o/

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