resenha

A Primeira Chance – Abbi Glines

5 fev 2016
Informações

a primeira chance

abbi glines

arqueiro

série chances #1

224 páginas | 2015

3

Design 3.5

História 2.5

Harlow é uma jovem incomum. Filha de um astro do rock, a garota bonita e inocente nunca se aproveita da fama do pai e prefere levar uma vida sossegada. Mas seus dias de tranquilidade terminam quando ele sai numa longa turnê de nove meses e ela vai passar esse tempo na Flórida com sua meia-irmã Nan.

O problema é que Nan a odeia. Acostumada a ser o centro das atenções, ela morre de inveja de Harlow, que, além de ser a queridinha do pai, atrai os olhares masculinos por onde passa.

Harlow não entende por que Nan a maltrata tanto, mas acha melhor se esconder atrás de seus livros e passar o maior tempo possível no quarto para não correr o risco de provocar sua ira. Porém seus planos vão porágua abaixo quando ela esbarra com Grant Carter de cueca na cozinha.

Grant cometeu um erro terrível ao passar uma noite com Nan, sua ex. Ela conhece seus pontos fracos e sabe seduzi-lo, mas ele se arrepende por ter caído em tentação. E logo no dia em que conhece Harlow, a garota que faz seu coração acelerar.

Grant está desesperado para conquistá-la, mas será que destruiu suas chances antes mesmo de conhecê-la? Só o que Harlow quer dele é distância. Afinal, que tipo de pessoa se envolveria com uma criatura amarga feito Nan?

Design

Okei, vamos falar sobre como as capas dos livros da Abbi Glines começaram a ficar vergoinha alheia desde Simples Perfeição? Assim, eu falei que achava que as capas de romances deveriam ter casais e tal, mas eu sempre fico levemente incomodada com esses casais tendo relações sexuais na capa. Porque, vamos combinar, essas posições e expressões lânguidas são um pouco demais.

Já disse várias vezes que não saio de casa com esses livros, não tenho coragem. Como leio muito em transporte público não gosto de “dar ideias” para as pessoas em volta. Ninguém tem nada com minhas escolhas de leitura, mas né, você nunca sabe com que tipo de maluco está lidando no dia a dia… ¯\_(ツ)_/¯

Então, não, eu não gostei da foto da capa. Além da questão da expressão do casal, eu não gostei dos modelos, não fazem jus ao que a autora descreve dos personagens. A iluminação e cores da imagem são muito boas, mas não compensam o resto.

Entretanto eu gosto bastante do lettering. É bem legal que com a palavra Chance, o projeto cria um vínculo com os livros Perfeição e Sem Limites. A individualidade do díptico fica na letra cursiva em minúsculas da introdução do título, que é diferente da usada nos livros de Woods.

Outro vínculo entre os livros da autora é a quarta-capa. Em A Primeira Chance ela também tem uma chapada da mesma cor utilizada no título da capa, e a sugestão de outros livros de Abbi Glines. Eu acho que deveria ser a capa do próximo livro da mesma série, mas pode ser que em futuras edições eles mudem as sugestões.

Sobre o miolo, é a estrutura padrão da Arqueiro, simples e correta.


História

Grant aparece pela primeira vez em Paixão sem Limites, e eu gostei bastante do personagem. Ele me pareceu o romântico enrustido que esconde sua natureza para fazer parte do grupinho de garanhões pegadores que são os amigos.

Como Abbi Glines criou um universo de personagens que simplesmente permite que ela tenha histórias infinitas para contar, só fazendo um spin-off seguido de outro, fiquei aguardando a vez de Grant.

Quando a autora começou a envolver o personagem com a cria do demonho, fonte de toda a vilania e inimiga de todos, isso mesmo, a Nan, eu comecei a duvidar se Grant era realmente a “pessoa” que eu conheci no primeiro livro que se passa em Rosemary.

E agora, em sua própria história, eu meio que tomei certo nojinho do cara. =/

Jack Sparrow disgust

Em Simples Perfeição, Grant já tinha ganhado direito a alguns capítulos como protagonista, apresentando seu interesse pela “misteriosa” Harlow. No fim das contas, a garota é irmã do capeta, e Grant se vê em um dilema de continuar seu relacionamento doentio com Nan, ou investir na inocente, jovem e fresca Harlow.

A Primeira Chance começa com o relacionamento de Grant e Harlow dando ruim e eu fiquei meio “ué… será que eu esqueci alguma coisa do livro anterior?! O.o”. Só que os acontecimentos são contados um pouco mais à frente, na voz de Harlow, com quem Grant divide o livro, e explica porque os dois estão estremecidos.

Harlow é um jovem introspectiva, filha de um dos integrantes da banda do pai de Rush, e que vivia na mansão do pai em Los Angeles. A garota estava tranquila na dela, curtindo a solidão e os vários livros que ela lia, até cruzar com Grant, e ficar encantada pela lábia e pelo charme do cara.

Grant também se surpreende com sua reação à menina inocente que ele acha que seria somente mais uma conquista. Só que ele quer mais. E quando descobre, na cama da garota, que ela ainda é virgem e quer se entregar para ele, o seu lado “homem das cavernas” toma conta. E toma conta com força. De certa forma foi o que me incomodou bastante nesse livro.

Harlow é bastante insegura na maior parte do tempo. Ela sabe que está competindo com a Nan pelo interesse de Grant, mas volta e meia ele dá umas escorregadas, em coisas que fala ou como age com a garota. Com isso Harlow sempre desiste de ficar com Grant porque não tem como ganhar. E o cara tem sempre que tentar reconquistar e tranquilizar Harlow sobre os dois. Mas aí vai e acontece alguma treta, e começa tudo de novo. <suspiro>

Grant também é extremamente monopolizador e opressivo em alguns momentos, daquele jeito de “você é só minha, você não se relaciona com mais ninguém, você não fala com outros homens”… <suspiro> É bonitinho, quase uma declaração estranha de amor e adoração, mas tem horas que fica parecendo somente que ele é um maluco controlador e abusivo.

E Harlow lá pelas tantas conta pro leitor que tem um segredo que precisa contar para Grant. Obviamente que esse é o motivo para dar o pior ruim da história, que abala tudo o que eles construíram (ou não) ao longo do livro.

Abbi Glines coloca várias provações para os dois o tempo todo. É irmã maluca, irmão superprotetor, uma passado escondido, é falta de comunicação, é segredo que acaba com a confiança. Tudo embalado com várias cenas de sexo bastante descritivo e “selvagem” em alguns momentos. Para uma menina sem experiência, Harlow surpreende Grant e o leitor. :P

Sobre o segredo de Harlow, mini spoiler aqui (apesar de ser previsível logo no momento que Harlow comenta sobre ele). Eu achei bastante forçada a forma como a autora conduziu a questão. É quase como se todas as pessoas que tem alguma condição diferente de saúde tenham que andar com uma carteirinha para apresentar para qualquer interessado. “Olha, eu tenho rinite alérgica. Antes de ficar comigo, você precisa saber que posso morrer a qualquer momento em uma bolha de catarro ou de tanto espirrar”. Sério, quem tá vivo tem o risco de morrer. O tempo todo!

Ela tenta contextualizar no começo do livro dizendo que Grant não entra em um relacionamento porque tem medo de perder essa pessoa. Ele quer o mesmo sentimento que Rush/Blaire e Woods/Della dividem, mas tem medo. Bem, bem vindo à humanidade! Por isso não gostei da “desculpa” para separar (de novo) os dois. Foi forçada e eu não sei como ela vai resolver a questão no segundo livro.

Para mim, nada do que Grant fizer pode me convencer que ele passou a confiar e a simplesmente se deixar amar outra pessoa e ponto. Mas né, como não resisto, estou esperando o segundo livro do carinha para fechar o díptico.


Até a próxima! o/

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