resenha

Sr. Daniels – Brittainy C. Cherry

1 jul 2015
Informações

sr. daniels

brittainy c. cherry

record

série ---

310 páginas | 2015

3.75

Design 3

História 4.5

Depois de perder a irmã gêmea para a leucemia, Ashlyn Jennings vê sua vida mudar completamente. Além de ter de aprender a conviver sem parte de si mesma, ela precisa se adaptar a uma nova rotina. Enviada pela mãe para a casa do pai, com quem mal conviveu até então, ela viaja de trem para Edgewood, Wisconsin, carregando poucos pertences, muitas lembranças e uma caixa misteriosa deixada pela irmã.

Na estação de trem Ashlyn conhece o músico Daniel, um rapaz lindo e gentil, e a atração é imediata. Os dois compartilham não só o amor pela música e por William Shakespeare mas também a dor provocada por perdas irreparáveis. Ao sentir-se esperançosa quanto a sua nova vida, Ashlyn começa o ano letivo na escola onde o pai é diretor. E não consegue acreditar quando descobre, no primeiro dia de aula, que Daniel, o belo músico de olhos azuis com quem já está completamente envolvida, é o Sr. Daniels, seu professor de inglês.

Desorientados, eles precisam manter seu amor em segredo, e são forçados a se ver como dois desconhecidos na escola. E, como se isso já não fosse difícil o bastante, eles ainda precisam tentar de todas as formas superar os antigos problemas e sobreviver a novos e inesperados conflitos.

Design

(Que eu me lembre) Desde que o instagram surgiu, começou essa tendência de fotos em tons pasteis com filtros que dão uma suavizada e uma certa borrada no ambiente. O efeito extao que temos na imagem de capa de Sr. Daniels. Eu acho que fica bonito, mas ao mesmo tempo um tanto quanto monocromático, com tudo em tons azulados/verdes. Para mim, o “problema” é que o título do livro, por ser escrito em uma fonte cursiva e estar com uma cor bastante suave, acaba quase se perdendo na arte da capa.

Por mais que a Record tenha preferido adaptar a capa original, eu preferiria que eles tivessem criado uma arte própria. Não sei se é a postura da modelo, os cabelos muito longos, ou o vestido em sim, mas fica parecendo que a personagem na capa ainda e uma criança (grande), e eu não gostei muito. Grita muito “pedofilia” para mim. =/

Ainda na capa, gostei muito do verde suave que foi usado na lombada e na quarta-capa, com direito a aplicação de uma textura de coraçõezinhos. <3 Nas orelhas, para quebrar o efeito, o fundo passa a ser bege com uma textura de tela, muito feminino e bonito. Eu acho que seria um toque maravilhoso se a parte interna da capa também tivesse uma chapada do mesmo verde da quarta-capa.

O miolo segue o padrão de vários livros da Record, com a mesma fonte com serifas gordinhas relativamente grandes. Não tem cabeçalho, o alinhamento vertical da mancha do texto é descentralizado e, em mim, gera um certo desconforto porque as margens ão sã equilibradas. Mas foi interessante esbarrar com formatações diferentes para quando os personagens trocavam mensagens de celular, ou quando Ashlyn lia alguma das cartas da irmã. As aberturas de capítulo também tem uma diferenciação, além do número, o nome do personagem que é o PoV e um trecho de várias músicas da banda de Daniel.


História

Ah, Pessoas! Uma imagem para exemplificar toda minha experiência de ler Sr. Daniels.

Aladdin romatic

É tão romântico! <3 Mesmo que o personagem do Sr. Daniels seja extremamente antiético, porque, vamos combinar, professor e aluna?! Mas como a autora falou no evento do #MochilãoDaRecord, o romance proibido é tão boniiiito! *-*

Sr. Daniels foi um dos livros de divulgação que a Record enviou aqui para casa. Não fazia parte da minha lista de solicitações e tinha deixado na fila de espera, para encaixar entre próximas leituras. Só que no evento da Record a autora estava lá para falar do livro. E ela foi tão encantadora e empolgada com seu “filhote”, falando de sua história e de seus personagens de forma tão apaixonada que acabei pegando para ler. E foi uma das melhores decisões do fim de semana.

Eu tive uma experiência méh com um livro da Gayle Forman, e precisava tirar o gosto ruim da boca com um romance melhor. E Sr. Daniels conseguiu! Sem precisar se esforçar muito, para falar a verdade.

A premissa básica do livro é o amor proibido entre Ashlyn e Daniel, dois jovens que tiveram grandes sofrimentos para enfrentar em suas jovens vidas. Ashlyn perdeu a irmã gêmea, foi abandonada pela mãe e precisou ir morar com o pai ausente que já tem outra família. Já Daniel teve a mãe assassinada, um irmão drogado e traficante, e um pai adoentado… Bomba dramática na sua cabeça logo nos primeiros capítulos.

O que mantém Ashlyn no caminho é a lista de coisas que ela deve completar antes de morrer, que Gabby (sua irmã) deixou preparada. Cada tarefa cumprida permite que Ashlyn pegue a carta correspondente, para ler as mensagens deixadas pela irmã e assim se lembrar. Já Daniel segue em frente porque tem sua música e sua banda.

Os dois se veem no trem para a nova cidade onde Ashlyn vai morar com o pai, rola aquele interesse e Daniel convida a moça para o show da sua banda. Revoltada com sua situação e não muito disposta em seu primeiro dia na casa nova, Ashlyn vai ao show da Romeo’s Quest e de quebra consegue completar um item de sua lista.

A química entre Ashlyn e Daniel é muito bonita e explosiva. Apesar de eu achar que muitos comportamentos e comentários da moça sejam extremamente maduros (eu não me lembro de ser tão centrada aos 19 anos), Ashlyn não é daquelas personagens principais insuportáveis. Eu gostava de acompanhar seus capítulos e sua voz. Ela tem momentos depressivos que são tocantes e mexem com a gente.

No fim, o romance dos dois se prova como sendo proibido quando na segunda de manhã Ashlyn se vê na sala de aula de inglês avançado do professor Daniel Daniels, e agora os dois precisam tomar a decisão de levar o romance adiante ou não. Ficar juntos parece a coisa mais certa que podem fazer, mas ao mesmo tempo pode destruir a reputação de Ashlyn e o futuro profissional de Daniel.

Acompanhar os dois foi uma jornada deliciosa. Principalmente porque Ashlyn não estava sozinha em seu sofrimento. Brittainy colocou personagens de apoio muito interessantes e com backgrounds bem fortes e desenvolvidos que às vezes roubam a cena. Eles ajudam a mostrar que o mundo não gira só em volta do sofrimento de Ashlyn, que as outras pessoas também tem suas vidas e suas decisões também afetam a todos.

Gostei muito de poder acompanhar alguns capítulos pelo PoV de Daniel. Eu gosto de ter a oportunidade de “ver” pelos olhos masculinos da relação, mesmo quando descritos por uma autora. E Daniel tem uma voz doce, sensual e romântica e suas interações com Ashlyn são bem descritas e sexy.

Brittainy conseguiu criar uma história que me fez sorrir, sofrer, torcer e chorar. SIM! Escorreu uma lágrima do olho esquerdo durante a jornada de Ashlyn e Daniel. Provavelmente foi o único momento do livro em que odiei os dois personagens e, de certa forma, seu “romance egoísta”. Gostei da forma como ela desenvolveu o clichê do amor proibido, porque a gente sabe que a tensão do livro é a possibilidade de eles serem descobertos, mas ela conseguiu criar outras situações muito mais interessantes do que a descoberta em si.

Achei o livro super rápido de ler, porque você é muito envolvido no dia a dia dos personagens. Ele não é erótico mas tem uma carga bem sexy nos encontros do casal principal. Brittainy foi um achado da editora Record, e ficaria muito feliz de ter novas oportunidades de ler outros livros da autora.


Até a próxima! o/

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1 comentário

  • Responder Elaine 6 jul 2015 at 13:16

    Amei sua resenha peguei Sr Daniels para ler e estou me sentindo da mesma forma que essa imagem. Acho que ainda hoje acabo, mas sabe aquela vontade de continuar lendo só por conta dos personagens? Estou muito assim! Parabéns pela resenha amei ♡

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