resenha

Rendição – Maya Banks

15 jan 2015
Informações

Rendição

Maya Banks

leya/quinta essência

série Surrender #1

336 páginas | 2014

3

Design

História 3

18

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NESTA NOVA SÉRIE, MAYA BANKS ULTRAPASSA OS LIMITES DO DESEJO…

Em sua sensacional trilogia erótica, Breathless, a autora best-seller do The New York Times Maya Banks, testou os limites do desejo. Nesta nova coleção, a trilogia Surrender, só há uma coisa a fazer: ultrapassá-los. E nunca as consequências da descoberta do prazer foram tão irresistivelmente convidativas, surpreendentemente íntimas e totalmente inesperadas…

Josslyn encontrou perfeição uma vez, e ela sabe que não vai encontrá-la novamente. Viúva, ela procura a única coisa que seu amado marido, Carson, não pôde dar a ela: dominação. Solitária e em busca de uma saída para seu luto, Joss encontra um clube exclusivo, que recebe pessoas a fim de realizarem suas fantasias mais hedonistas. Ela nunca imaginou que encontraria lá o único homem que tem sido, por muito tempo, sua fonte de conforto e desejo secreto o melhor amigo de Carson.

Dash viveu uma situação insustentável por anos, apaixonou-se pela esposa de seu melhor amigo, mas reprimiu essa atração. Tudo começa a mudar quando ele encontra Joss em um clube dedicado aos mais obscuros limites do desejo. Por que ela estaria num lugar como aquele? Ela faz alguma ideia de onde estaria se metendo? Mas Joss sabe exatamente aquilo que quer e precisa!

Para Dash só resta uma alternativa: se ela quer dominação, ele é o único homem que vai guiá-la por este mundo. O único que vai tocá-la, apreciá-la, amá-la… E o único a quem ela vai se submeter para sempre!

Design

Mais um livro digital, portanto, sem avaliação de design.


História

Quando comecei a ler Rendição fiquei pensando que talvez o livro fosse de uma série mais antiga da Maya Banks. Minha surpresa foi (re)descobrir que não, esta é a trilogia mais recente da autora e foi bem estranho encontrar certas construções de enredo e repetição constante de partes da história ao longo do livro. “Maya?! Aonde você está?! Desaprendeu a escrever?!”

Joss perdeu o marido há três anos, e todos os aniversários de morte de Carson, ela vai ao cemitério junto com o melhor amigo dele, Dash. Só que dessa vez Joss decide que é a última. Ela precisa continuar sua vida, seu marido não iria querer que ela ficasse de luto por tanto tempo.

Então Joss decide se despedir de Carson e ir em busca da felicidade novamente, mesmo acreditando que nunca vai encontrar a perfeição novamente. Joss toma a decisão também de buscar aquilo que sempre sentiu falta em seu relacionamento com o marido, algo que ele nunca pode dar para ela: dominação.

Don't judge me

Nossa “heroína” acredita que para ser completa e feliz, realizada sexualmente, precisa de um companheiro que seja dominador. Ela acredita que é submissa e que entregar as decisões sexuais para um parceiro disposto é o que pode preencher um espaço vazio que sempre teve em seu coração.

O que ela menos esperava era encontrar em Dash, o melhor amigo de Carson e um dos pilares em quem ela se escorou no últimos três anos, a resposta para seus anseios. Os dois juntos vão descobrir e realizar seus desejos e vontades antes reprimidos e tentar encontrar a felicidade juntos.

Duas coisas que mais me marcaram nesse livro: 1) a dicotomia e certo paradoxo com o lance de a moça querer ser submissa e insistir que ainda mantém sua independência; 2) a escrita estranha de Maya Banks.

Não entendo nada sobre o estilo de vida dominador/submissa, meu consumo desse tipo de história não passa disso, um consumo. Mas como uma mera “espectadora” da história de Joss e Dash, nos muitos momentos em que a personagem se afirmava independente e que gostaria de voltar a trabalhar como enfermeira, eu achava estranho que ela logo em seguida afirmasse que adoraria que Dash decidisse tudo na vida dela. Que tomasse conta de tudo por ela. Aparentemente não só entre as quatro paredes do quarto de casal. Então soava estranho.

Era quase como se Joss abrisse mão de sua individualidade e possibilidades de escolhas de vida em tudo, e não só na questão sexual e de preferir ser submissa. Para mim, que não entendo, quando as autoras desse tipo de livro dizem que os dominadores tomam conta de todos os aspectos da vida de suas submissas, fica parecendo que ela simplesmente passam a viver para o prazer de seus “donos” e deixam de ter uma vida própria. Queria muito acreditar que na verdade é tudo um “teatro”, e que o papel de dominador/submissa é assumido só na hora do “vamos ver”. Mas não é o que a autora faz parecer durante a história.

Também não encontrei a Maya Banks que conheci na série Breathless. Achei a escrita meio crua, como se o livro não tivesse sido revisado ou relido. Em muitos momentos os personagens são repetitivos, relembrando diálogos que foram falados no capítulo anterior. Existem construções que ficam estranhas para uma conversa informal. Vocês conhecem alguém que vira para outra pessoa no meio de um diálogo íntimo e dizem “como eu já te falei anteriormente…”. O.o

Além disso, Joss repete tanto que quer ser submissa e “que se dane o que as pessoas pensam”, que fica parecendo que ela quer convencer a si mesma e ao leitor que ela está dedicidida, mas nem tanto assim já que precisa falar o tempo todo, em todos os capítulos.

De resto, as cenas sensuais entre os personagens são bem descritas e evoluem bem. Dash é meio complexo, é o amigo da casa ao lado que esperou a vida inteira pela chance de falar com a vizinha. Mas em alguns momentos ele é meio idiota, e faz coisas imbecis só para fazer com que a história tenha uma tensão.

Não foi o melhor livro de Maya Banks, mas se relevar a questão toda da (in)decisão de Joss e os trechos repetitivos, os encontros “românticos” dos personagens principais seguram o livro. Acredito que os próximos da série devem acompanhar os casais secundários que circundam Josh e Dash.


Até a próxima! o/

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3 Comentários

  • Responder Amanda 26 jan 2015 at 00:18

    Olá! Precisava compartilhar com alguém que tambem leu esse livro.. Estou na metade e já estou cansada de tantas vezes que a autora repete as coisas! Quantas vezes fala que o Carson era maravilhoso, etc.. Da vida dela com ele.. Entre outros. Além disso, acho muito esquisito que na hora de cenas de sexo os personagens mantenham um diálogo de paaaaginas… Cansada tambem de tantas vezes que Dash diz que a ama e que não vai a deixar nunca… Irei acabar o livro pois nao gosto de ler algo pela metade!! Mas como minha primeira leitura de um livro da Maya Banks, fiquei decepcionada, pois já tinha lido muitas críticas boas a respeito dela! Obrigada pela resenha!

    • Responder Samara Maima 26 jan 2015 at 23:08

      Ai Amanda! Que azar você conhecer a Maya Banks logo por um de seus livros “ruins”. T_T Se você quiser dar uma segunda chance para a autora, sugiro a outra série que a LeYa lançou, Breathless, eu gostei bem mais do que de Surrender.
      E concordo exatamente com você, esses diálogos nas cenas de sexo são cansativos, totalmente vergonha alheia, e muitas vezes atrapalham o ritmo da história. Dava para cortar pela metade, ou até mesmo retirar de tão desnecessários que ficam às vezes.
      Sinta-se à vontade para desabafar sempre que precisar sobre os livros que quiser. O espaço aqui, e na fanpage do blog, está sempre aberto. ^.^

  • Responder Mari 21 jan 2015 at 13:59

    Adoro a Maya Banks, mas as novas séries dela parecem meio frias. Ela está produzindo muitos livros e não está mais tão focada no conteúdo. É uma pena. Gosto bastante de um romance e você gostou das cenas romanticas então acho que vou dar uma chance pra essa história. Gostei bastante da sua resenha.
    Mari @ 2 fabulous sisters

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