resenha

Reformed Vampire: grupo de apoio ao vampiro – Catherine Jinks

29 jul 2012
Informações

reformed vampire: grupo de apoio ao vampiro

catherine jinks

farol literário

série reformed vampire #1

392 páginas | 2012

3.75

Design 4

História 3.5

“Reformed Vampire – Grupo de Apoio ao Vampiro” é uma história diferente de tudo o que você já leu sobre vampiros. Na verdade, você vai conhecer o lado real de ser um vampiro, aquele que ninguém conta! Eles estão quase sempre doentes ou com dor, e se reúnem em uma espécie de terapia de grupo para discutirem seus problemas e como controlar seus instintos, ou seja, o desejo de sair mordendo pessoas. Nina tornou-se vampira quando tinha apenas quinze anos, e não envelheceu um dia desde então. Mas também não teve um dia sequer de diversão, já que sua rotina isolada dentro de casa é incrivelmente chata, sem poder fazer o que realmente tem vontade. No entanto, tudo vai mudar na vida dela e de seus amigos vampiros quando um membro do grupo é morto de forma misteriosa. Tendo sua identidade ameaçada, terão que sair à caça do assassino, e logo se descobrirão em uma disputa contra lobisomens. Será que vampiros tão frágeis poderão vencer uma batalha como esta? Sangue, desejo e instinto vem à tona com uma bala de prata no peito, estopim de uma batalha em busca da identidade.

Design

Na minha opinião Reformed Vampire não tem um projeto gráfico ou capa que seja muito chamativo. Acho que a palavra certa para definir o livro é “correto”.

A capa reflete bem a personagem principal, Nina, e até ajuda a imaginá-la. Apesar de a fonte do título ser bem legal, com verniz localizado, o branco e vermelho no fundo escuro se sobressaírem, a imagem não ficou tão interessante. Primeiro porque aparentemente a foto foi tirada em um dia de sol, e o tratamento dado não tirou essa impressão. Só que no livro os vampiros não podem sair ao sol. Não entendi muito qual é a do céu tempestuoso com raios atrás da personagem. Os vampiros não tem “poderes cósmicos e fenomenais” na mitologia de Catherine Jinks.

O miolo também não possui muita inovação. Escolheram uma fonte que tem um espaçamento e letras largas que dá um sensação de preenchimento na página. Até acredito que ficaria mais bonito se a fonte fosse 1 ou 1,5 pontos menor. De informações “extra-miolo” só a paginação é usada no rodapé, deixando o cabeçalho limpo.

A orelha esquerda não foi utilizada com conteúdo, o que foi um pouco estranho à primeira vista, mas gostei do tratamento da chapada de preto que deram na parte interna da capa.


História

Confesso que ainda não sei se gostei ou não de Reformed Vampire. A leitura não foi linear e para mim só engrenou lá para a página 100 em diante e mesmo assim tiveram capítulo difíceis.

Acredito que o que mais me incomodou foram os personagens de apoio. Fora Nina e Dave, que tem suas manias e características, todos os personagens são caricatos demais. Não gostei de nenhum e acho que por isso a história, quando todos os personagens estavam juntos interagindo, não fluía para mim.

O tema é interessante, abordando uma visão que vai na contra-mão do que conhecemos de vampiros. Nina até aproveita a crença popular de seres superpoderosos sustentada pela mídia e cria o seu próprio alter-ego em uma série de livros. Ela inclusive diz algumas vezes que não é “uma Stephenie Meyer”.

Em Sidney, um grupo de vampiros se reune todas as terças-feiras para superar o fato de serem seres frágeis fadados a viverem para sempre. Eles são pessoas de idades diversas com aparência pálida e doente, e diferente de outras mitologias, o vampirismo se passa por infecção. Foi mordido, vira vampiro.

A questão é: todos os participantes se recusaram a se alimentar de outros seres humanos para não gerar outros vampiros. Para isso, um dos mais antigos do grupo, que inclusive é médico, desenvolve uma dieta à base de suplementos alimentares e porquinhos da índia. Uma coisa que a autora não trata é o que aconteceria se um vampiro sugasse completamente uma pessoa até a morte.

Em uma terça de reunião, Casimir, o vampiro mais antigo (e mais descontrolado, criador de muitos que frequentam) não aparece. Todos os membros se deslocam para a casa dele e descobrem que ele foi assassinado por uma bala de prata e uma estaca no coração. A bala em si não causaria problemas, mas prova que quem quer que seja o assassino, não tinha certeza da forma correta de matar um vampiro.

A partir daí os personagens se reúnem para se protegerem e para decidir qual a próxima ação a tomar. Principalmente se descobrir quem é o assassino é uma boa ideia ou não.

Valeu a leitura para conhecer mais uma visão da mitologia vampírica, mas se você espera por romance ou ação e suspense não é bem isso que você vai encontrar em Reformed Vampire.


Até próxima! o/

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